É HORA DE DIZER ADEUS


Displicente e irreconhecível, Arsenal é derrotado nos pênaltis pelo Sporting e está fora da Europa League

Foto: Stuart MacFarlane (arsenal.com)

Um vexame… o que aconteceu? Tudo deu errado, simplesmente não era o nosso dia. Nesta quinta-feira (16), o Arsenal foi derrotado nos pênaltis pelo Sporting e está eliminado da Liga Europa. No tempo normal, os times empataram em 1×1 com gols de Xhaka e Pedro Gonçalves.

Arteta decidiu apostar novamente num time misto para o confronto em casa. Mas contou com a volta de Gabriel Jesus ao time titular, um baita reforço! A escalação foi: Ramsdale; Tomiyasu, Saliba, Magalhães, Zinchenko; Jorginho, Xhaka, Vieira; Nelson, Martinelli e Jesus.

Já o Sporting foi a campo com: Adan; Juste, Diomande, Gonçalo, Esgaio, Ugarte, Pedro Gonçalves, Matheus Reis, Edwards, Paulinho e Trincão.

Os primeiros minutos da partida foram um pouco assustadores para o Arsenal. Parecia que o Sporting estava jogando em casa e chegou até a assustar a defesa dos Gunners com um chute aos 12 minutos.

Neste meio tempo, o canhão londrino teve que fazer duas substituições. Tomiyasu e Saliba saíram lesionados e deixaram tanto a comissão técnica como a torcida preocupados. Ben White e Holding entraram no lugar. 

Mesmo com os desfalques, após 15 minutos, o Arsenal conseguiu ter a posse de bola, controlar mais o jogo e se impor na partida. Com isso as jogadas começaram a sair e o primeiro gol não demorou muito. Aos 19’ após chute de Martinelli e defesa do goleiro Adán, no rebote, Xhaka sozinho deu um chutão e balançou as redes. Era 1×0 para os donos da casa.

Os Gunners tiveram a chance de ampliar com Gabriel Jesus aos 29 minutos, mas a finalização do camisa 9 parou na defesa de Adán, que estava numa noite inspirada.

Todos imaginavam que o segundo tempo seria de um Arsenal indo em busca de mais gols para liquidar a partida, mas não foi isso que aconteceu… aliás foi totalmente o oposto. O que se viu em campo foi um Sporting em busca da classificação e um Arsenal totalmente apático, displicente e sem vontade alguma de estar ali. O time português lutava por cada bola, cada desarme, se doava em campo e o Canhão apenas os via jogar.

Uma hora a bola ia punir e isso aconteceu com uma pintura, com um gol digno de Puskas. Após Xhaka perder a bola para Gonçalves, o jogador aproveitou que Ramsdale estava adiantado e finalizou do meio campo para acertar em cheio o gol aos 62 minutos. Era o empate no Emirates.

O Sporting teve chances de virar a partida, mas parou em defesas milagrosas do goleiro inglês que tentava se redimir. O Arteta para tentar ajudar o time a voltar a jogar, colocou as peças titulares que faltavam, como Saka e Partey. A equipe até melhorou, mas não impediu de levar o jogo para prorrogação.

Foto: Stuart MacFarlane (arsenal.com)

Mais 30 minutos não era o que o Arsenal queria. Mais desgaste e mais cansaço para os jogadores neste calendário maluco. Só que não tinha jeito! O time do Norte de Londres até jogou melhor o tempo extra. Teve duas chances de gol com Trossard e Gabriel Magalhães, mas que pararam em grandes defesas de Adán que se agigantou ainda mais nesta meia hora que restava. Os Leões ainda tiveram um jogador expulso no 2 tempo da prorrogação, mas não dava tempo para mais nada.

Chegou a hora dos temidos pênaltis, um pesadelo e drama para qualquer torcedor. Odegaard, Saka e Trossard acertaram suas cobranças, mas quando chegou a vez de Martinelli, o brasileiro bateu muito mal e Adán, o paredão do Sporting, defendeu. O rival não desperdiçou as suas chances e selou a sua classificação para as quartas de final. Era o fim da jornada dos Gunners na Europa League. Uma vergonha.

Classificou o time que levou o campeonato a sério. Classificou o time que se entregou em campo e jogou como se fosse a última partida de suas vidas. Classificou o time que realmente queria passar de fase e que fez o possível dentro dos gramados. O futebol algumas vezes não é justo, mas nesta noite de quinta-feira foi. O melhor time das duas partidas das oitavas de final passou. Méritos total ao Sporting que bateu de frente com o Arsenal e não teve medo de arriscar e tentar.

Ao Arsenal fica a reflexão sobre o jogo e principalmente a postura em campo. E que também sirva de lição para as próximas decisões que teremos pela frente. Neste momento, o elenco precisa se unir, se fortalecer e ir com força total para a Premier League. Não tem mais outro campeonato para dividir as atenções. Se houve alguma coisa boa nesta eliminação, se é que se pode dizer assim, foi isso.

O resultado de hoje não pode diminuir a moral do time e muito menos a união de todos os jogadores. Faltam 11 jogos para o fim do campeonato inglês e cada duelo será uma final. Só depende de nós para sermos felizes no final desta trajetória. Vamos juntos, até o fim. Desistir não é uma opção e o impossível é apenas uma questão de opinião.

COME ON YOU GUNNERS!

Por Juliana Yamamoto

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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