O BAVI, AS COMEMORAÇÕES E SEUS ABSURDOS 


Victor Ferreira

Já dizia Otávio Mangabeira (1886 – 1960): “Pense um absurdo, na Bahia tem precedente!”. Na tarde de domingo (7), após a final do Campeonato Baiano entre o Bahia e seu arquirrival, essa frase nunca fez tanto sentido. 

A comemoração do título baiano por parte dos jogadores rubro-negros poderia ter sido feita em qualquer local do campo, mas, o escolhido foi atrás do gol, mais precisamente no setor norte onde a Torcida Organizada Bamor Nova Era estava, um ato claro de provocação. A maior torcida do Tricolor entoou seus cânticos e com a ajuda dos demais torcedores rebateram as provocações diretamente do espaço que lhe cabia. 

Todos os Ba-Vis deste ano foram com torcida única, justamente com um único intuito: coibir a violência dentro e fora dos estádios, uma vez que o próprio Ministério Público informou que seria impossível conter as duas torcidas e não teria policiamento suficiente para isso. Ao que me parece, o clube rubro-negro não fez nenhuma questão de levar isso ao pé da letra, afinal, a torcida poderia ter invadido o campo, poderia ter atacado o ônibus do time… Poderiam e não o fizeram! 

Reprodução

Faltou respeito. Mais ainda faltou senso e noção não só do adversário, mais também do árbitro escolhido pela CBF, afinal, como se não bastasse o jogo estressante e a atuação de um treinador medroso, a torcida do Bahia viu o árbitro Emerson Ricardo comemorar ao final do jogo. 

O dono do apito deveria ser imparcial, mas esqueceu a imparcialidade dentro de casa quando viajou a Salvador e só faltou estampar as cores do rubro-negro.

Por falar em Emerson Ricardo, ondito cujo é árbitro desde 2009 e foi eleito em 2015 pelo Grupo Globo como melhor árbitro do Campeonato Mineiro. No ano seguinte, o juiz foi afastado após descumprir uma das regras da Fifa que proibia os árbitros de conceder entrevistas após os jogos. O árbitro teve a  carreira marcada também pelos erros nas atuações em campo e no VAR. Após todos os episódios, Emerson ficou sem apitar jogos da elite, sendo escalado apenas na categoria Sub-20, onde atuou apenas 2 vezes. Então como explicar sua escolha para um dos maiores clássicos do Brasil?

No fim, sobraram cartões e denúncias na súmula. Destaco a expulsão de Adriel por suposta agressão ao assistente e o relato sobre o xingamento de Biel, os quais o árbitro descreveu:

“Você é incompetente, vagabundo, estava comemorando o título do Vitória”. Vale ressaltar que me senti ofendido pelas palavras direcionadas a mim”.

Dentro do time podemos iniciar uma procura dos culpados, mas do que adiantaria? E se Marcos Felipe não tivesse espalmado para dentro da área? E se Rezende não tivesse sido expulso ainda na primeira etapa, destruindo a reação Tricolor?

São apenas suposições…pensamentos que fervem na cabeça de qualquer Tricolor.

Por Gizele Mota e Mariana Alves 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo 


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