O CAMINHO DO INTERNACIONAL NO CAMPEONATO GAÚCHO


O Campeonato Gaúcho 2021 teve sua grande final neste domingo (23). Grêmio e Internacional fizeram a segunda partida das finais na Arena OAS e após um empate com um gol para cada lado, o Tricolor levou a melhor

Foto: Ricardo Duarte

Apesar da derrota na partida mais importante, o caminho da equipe precisa ser avaliado, mas acima de tudo o peso do 5º ano sem o título gaúcho não pode ser jogado simplesmente nas costas de quem completa menos de 90 dias no comando da equipe. 

O Internacional começou o Gauchão como sempre sonhamos, com a gurizada em campo. Devido a alteração nas datas do Brasileirão 2020 e seu calendário que avançou até o começo de 2021, a equipe principal teve seus dias de férias. 

Comandados por Fábio Matias, os guris estiveram à frente de  partidas; vitória sobre o Juventude por 1×0 na estreia dentro de casa, empate contra o Pelotas na Boca do Lobo por 2×2 e a derrota para o São Luiz no Beira Rio pelo placar de 2×1. 

As poucas atuações da gurizada já foram suficientes para que seus destinos definitivos fossem traçados por parte da torcida, a mesma que se esguela temporada atrás de temporada por uma maior participação da base ao decorrer do campeonato.

A partir de 14/03, o retorno do elenco principal foi acontecendo. A primeira partida, ainda sem o comando oficial à beira do gramado de Miguel Àngel Ramírez, foi de goleada, na vitória sobre o Ypiranga por 4×2.

O Inter seguiu pontuando, venceu em sequência Novo Hamburgo, Caxias e Brasil de Pelotas, e no último dia de março empatou com o São José em uma partida sem gols. 

Dentre os jogos que foram ocorrendo no Campeonato Gaúcho, Miguel e a nova comissão trabalharam suas análises, o conhecimento das características dos jogadores à disposição já que é e sempre foi bem clara a situação financeira do clube. 

A primeira derrocada da Era Ramirez aconteceu onde não podia, na Arena. O Colorado foi vencido por 1×0 pelo rival. O primeiro clássico da nova comissão marcado por derrota deixou passar aos torcedores que grande parte do elenco já vem sendo derrotada há vários greNAIS, há vários anos sem o mínimo de reação. 

A Copa Libertadores chegou e as atenções tiveram que ser divididas, não somente entre as partidas, mas entre as longas viagens e o desgaste que isso gera, uma goleada no Gauchão que foi freada por uma derrota inesperada na altitude. Outra goleada no campeonato estadual embalada por uma goleada também na competição  sul-americana. 

Já nas semifinais, na Serra, o Inter encontrou dificuldades e saiu em desvantagem, mas que foi bem resolvida no Beira Rio quando goleou também o Juventude.

Os clássicos das finais foram definidos outra vez por um roteiro já bastante conhecido pela torcida Colorada, erros individuais que sempre parecem fazer parte de um estado anímico que abala os jogadores, a pressão da necessidade de vencer a qualquer custo pesa mais do que qualquer outra questão. 

É visível a olho nu o que se torna uma equipe que vem evoluindo diante do peso de um clássico.

A derrota e perda do título gaúcho, no entanto, tendem a cair somente sobre as costas de uma pessoa, que já vinha sendo minada pela imprensa pampeana de forma discreta e que tende a ser escancarada a partir de agora. 

Não existe absolutamente ninguém INCRITICÁVEL, dentro de nenhuma instituição e no Internacional não é diferente, mas algumas coisas precisam ser analisadas antes de culpas serem distribuídas sem nenhum critério, mas isso parte da consciência de cada torcedor e de cada formador de opinião, porque não?   

Por Jéssica Salini, setorista do Sport Club Internacional

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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