Um jogo inesquecível, literalmente


Reprodução

Foi em uma manhã, 17 de dezembro de 2006, que eu me vi torcendo para um time brasileiro em final do Mundial de Clubes da FIFA. O amor que tenho pelo Real Madrid, a rivalidade com o time da Catalunha. Além de estar na final do mundial, os culés, haviam conquistado a LaLiga. Um ano ruim para os torcedores Madridistas, e ter que ver seu rival levantar mais um troféu na temporada, era o que menos queríamos no momento.

Isso fez com que eu me juntasse aos inúmeros colorados na torcida pelo primeiro título mundial do time gaúcho.

Não seria fácil bater o time espanhol de Ronaldinho, Deco, Puyol, entre outras estrelas da equipe.

A prévia da final já foi assustadora. O Inter sofreu para vencer o Al-Ahly, do Egito, por 2 a 1, gols de Alexandre Pato e Luiz Adriano. E o Barcelona massacrou o América-MEX: 4 a 0.

Mais já estava escrito que o mundo iria ser colorado naquele ano.

Os espanhóis tentaram abrir o placar desde os primeiros minutos de jogo, e o Inter se defendia como podia e ao mesmo tempo tentava fazer o seu resultado nos contra-ataques, mais sem sucesso. A primeira etapa acabou sem nenhuma das equipes balançar as redes no estádio International Stadium (Yokohama). Na volta do intervalo, o time da Catalunha continuava fazendo suas investidas, mas o time do Internacional se segurava. E com isso a tensão só aumentava dentro e fora de campo. Um gol aquela altura seria crucial.

O jogo já estava com cara de prorrogação, quando surgiu um herói improvável no jogo – Adriano Gabiru que havia substituído Fernandão,entrou na partida para marcar o gol do título colorado.

Aos 37′ da etapa final, um chutão de Índio para o ataque, encontrou Gabiru livre de marcação, avançou para bater o arqueiro do time espanhol.

No momento do gol do Gabiru, só fui capaz de gritar “Chupa Barcelona”, a cara de tacho de Ronaldinho e do resto da equipe espanhola após o apito final, foi impagável.

As defesas de Clemer, a precisão de Ceará na marcação sobre Ronaldinho Gaúcho, a entrega de Índio e seu nariz quebrado, a perfeição de Fabiano Eller (não errou uma vírgula de jogada na partida inteira), a competência de Rubens Cardoso. A garra de Edinho, a destreza tática de Wellington Monteiro, a entrega à marcação de Fernandão, a composição de Alex pela esquerda. A genialidade de Alexandre Pato. A estrela de Iarley.

Essa foi a primeira e a única vez que eu torci para um time brasileiro em finais do mundial de clubes.

Obrigada Adriano Gabiru por não ter feito eu torcer à toa.

Mundial de clubes

Internacional (BRA) – FC Barcelona (ESP)

Estádio: International Stadium (Yokohama)

Público: 67.000

Árbitro: Carlos Batres (Guatemala)

  • Gols:

Internacional: Adriano (82)

  • Cartões amarelos:

Internacional: Indio (45), Adriano (84), Iarley (90+3) FC Barcelona: Motta (55)

  • Escalações:

FC Barcelona: Victor Valdés; Gianluca Zambrotta (Juliano Belletti, 46), Carlos Puyol, Rafa Márquez, Giovanni Van Bronckhorst; Thiago Motta (Xavi, 59), Deco, Andrés Iniesta, Ludovic Giuly; Ronaldinho e Eidur Gudjohnsen (Ezquerro, 88).

Inter: Clemer; Ceará, Indio, Fabiano Eller, Rubens Cardoso; Edinho, Wellington Monteiro, Fernandão (Adriano, 76), Alex (Fabian Vargas, 46); Alexandre Pato (Luiz Adriano, 61), Iarley.

Pelo Madridismo que carrego no meu coração, pelo Real Madrid!

Rosileide Ribeiro


Deixe um comentário

Veja Também:

Faça o login

Cadastre-se