Se não for sofrido não é Botafogo 


Com gols de cabeça e muito sofrimento, Botafogo vence na estreia do Mundial

O Glorioso começou sua trajetória na Copa do Mundo de Clubes com uma vitória sofrida por 2 a 1 sobre o Seattle Sounders, neste domingo (15/6), nos Estados Unidos. Jair e Igor Jesus marcaram de cabeça no primeiro tempo, mas o time sofreu na segunda etapa com a pressão dos americanos, que descontaram com Cristian Roldán. Com o resultado, o Glorioso divide a liderança do Grupo B com o PSG, atrás apenas no saldo de gols. O triunfo veio com garra e resistência até o último minuto.

FOTO: VITOR SILVA

SOBRE A PARTIDA

O Botafogo começou a partida inseguro e dando espaços, mas logo assumiu o controle com sua superioridade técnica. Após boas chances com Igor Jesus e Alex Telles, o primeiro gol saiu aos 28 minutos, com Jair aproveitando cruzamento de falta. Antes do intervalo, Igor Jesus ampliou de cabeça após cruzamento de Vitinho.

Na volta do segundo tempo, o estreante Joaquín Correa quase deixou o dele, mas o Seattle Sounders cresceu na partida, pressionou muito e diminuiu com Cristian Roldán. O Glorioso sofreu até o último lance, mas segurou o 2 a 1 e garantiu os primeiros três pontos. A atuação deixa um sinal de alerta para os próximos confrontos, especialmente contra adversários europeus.

Se não for sofrido, não é o Botafogo.

Ontem a gente começou bem, viu o time se impor, controlar, abrir o placar e até sonhar com uma vitória tranquila. Mas com o Botafogo nada vem fácil. No segundo tempo, o que era domínio virou tensão. O Seattle cresceu, o time recuou, e a cada bola na área eu parava de respirar. Foi um teste pra cardíaco, daqueles que só a gente entende.

Mas sabe o que mais me orgulha? É que, mesmo com o sufoco, mesmo com a instabilidade, o Botafogo não se entrega. A gente sofre, mas a gente luta. A gente erra, mas também se reinventa. E no fim, mesmo com o coração saindo pela boca, a vitória veio.

Ser botafoguense é isso: viver no limite, entre o céu e o inferno, entre o grito preso e o grito de gol. E eu não trocaria esse sentimento por nada. Porque amar o Botafogo é viver intensamente. É torcer com a alma, com o peito apertado e o coração em preto e branco.

Por Rafaela Esteves

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


Deixe um comentário

Veja Também:

Faça o login

Cadastre-se