Let’s Bora: Cruzeiro vira nos acréscimos e segue imbatível no Mineirão 


Cruzeiro garante a primeira vitória na Sul-Americana com gols de Gabi e Bolasie e chega preparado para clássico 

Jogando no Mineirão em Belo Horizonte com o embalo da torcida celeste, na noite desta quarta-feira (14), o Cabuloso derrotou o Palestino por 2 a 1 e garantiu sua primeira vitória na Copa Sul-Americana. Mesmo com um time alternativo, a equipe Celeste fez valer a força como mandante e vai motivado para o clássico.

O resultado não altera o rumo da competição, já que o Cruzeiro está eliminado, mas o jogo valia muito mais do que pontos na tabela. Valia confiança, desempenho de qualidade e o espírito necessário para encarar o clássico de domingo.

Ser Cruzeiro é isso: não abaixar a cabeça, mesmo nos momentos difíceis. A partida deixou claro que, mesmo fora da briga na Sul-Americana, o time entrou em campo para vencer. Jogou com dignidade, com alma e manteve o excelente desempenho no Mineirão em 2025.

Essa vitória é o combustível que o Cruzeiro precisava para começar, com o pé direito, a preparação para o maior desafio da semana: o clássico de domingo. Iniciar os treinos com a moral elevada faz toda a diferença quando se trata de encarar o maior rival.

Disputar o maior clássico de Minas Gerais é sempre um capítulo à parte. Enfrentar o Atlético-MG é mais do que um jogo, é questão de honra. É aquele tipo de partida que faz o coração disparar antes mesmo do apito inicial, que transforma o nervosismo em força, e que arrasta multidões apaixonadas para as arquibancadas, unindo gerações em torno de um mesmo sentimento.

Não importa a fase, a posição na tabela ou o peso dos nomes no elenco. Clássico é imprevisível. Clássico é alma. E quem entra em campo de cabeça erguida, com confiança e respeito à própria história, já começa com meio caminho andado.

A vitória desta noite é um sinal claro: o Cabuloso está pronto. Pronto para encarar o rival de igual para igual, para brigar por coisas grandes e, acima de tudo, para entrar em campo com a tradição, a coragem e a maestria que fazem do Cruzeiro um gigante.

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Sobre o jogo:

Primeiro tempo: pressão intensa, mas frio na barriga após o gol 

O Cruzeiro entrou no Mineirão com um objetivo claro: conquistar a vitória para recuperar a confiança.
Desde o apito inicial, o time mostrou vontade, pressionando o adversário e criando chances com Kauã Prates, William, Lautaro Díaz e Kenji, porém, a pontaria não estava afinada, e o gol insistia em não sair.

Mas o futebol tem suas surpresas: aos 7 minutos, em um escanteio, Ariel Martínez apareceu como um fantasma na área e abriu o placar para o Palestino. E deu o susto que  a torcida não queria, será que seria mais um jogo sem vitória? 

Mesmo com o golpe, o Cruzeiro não abaixou a cabeça. A equipe seguiu buscando o empate, brigando em cada lance, apesar das faltas, das disputas duras, e dos escanteios que se acumulavam. 
Porém, a falta de entrosamento do time alternativo ficou clara, com a equipe parecendo desorganizada e sem a fluidez do time titular.

Segundo tempo: virada emocionante 

Na segunda etapa, o Cruzeiro voltou com uma nova postura: sangue nos olhos e vontade de virar o jogo. As mudanças feitas no intervalo surtiram efeito imediato, e o time se organizou melhor ofensivamente.

A pressão virou gol aos 24 minutos, quando Yannick Bolasie subiu alto e, de cabeça, empatou a partida, fazendo a torcida explodir de emoção no Mineirão. Foi o tipo de lance que fez o cruzeirense lembrar da força do “Let’s Bora” e do famoso suquinho de laranja, só quem é Cabuloso de verdade entende essa resenha. 

Com o empate, o jogo ficou ainda mais pegado e disputado. O Cruzeiro seguia buscando a vitória, mas a arbitragem parecia querer complicar. Em um lance claro de pênalti em Gabigol, que foi empurrado com as duas mãos na área, os árbitros simplesmente mandaram o jogo seguir, deixando a torcida revoltada, mas a Raposa não se deixou abater.

Nos acréscimos, a estrela de Gabi brilhou forte. Depois de mais um chute e da esperança de que, dessa vez, o goleiro do Palestino não conseguiria evitar, Gabriel Barbosa mandou para a rede e decretou a virada: 2 a 1 para o Cruzeiro, incendiando o Mineirão. Um gol que não só garantiu a vitória, mas deixou claro que Gabi é decisivo quando o time mais precisa.

Nos minutos finais, o Cruzeiro segurou a pressão, mostrando raça e determinação para garantir a primeira vitória na Sul-Americana, um respiro de esperança para a torcida e um sinal claro de que o Cabuloso está pronto para o que vier.

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

O próximo desafio já deixa toda a torcida ansiosa: o clássico contra o Atlético-MG, no domingo, 18 de maio, novamente no Mineirão, às 20h30. 

É hora de mostrar quem manda em Minas e provar que o Cruzeiro está mais forte do que nunca!

Por Mury Kathellen

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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