À espera de um milagre: América busca reverter placar na final do Mineiro


Coelho precisa superar desvantagem de quatro gols contra o Atlético para conquistar o título estadual

Foto: Mourão Panda / América

Após um vexame histórico no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro contra o Atlético-MG, o América entra em campo neste sábado (15), às 16h30, no Mineirão, com uma missão praticamente impossível. 

Depois de levar 4 a 0 e não demonstrar qualquer poder de reação, o Coelho precisa vencer por quatro gols de diferença para levar a decisão aos pênaltis ou por cinco para conquistar o título diretamente. Uma tarefa gigantesca, que exige um futebol que não apareceu até agora na temporada.

O histórico recente também não traz boas lembranças. Como destacou a redação do GE, a última vitória do América sobre o Atlético aconteceu em 2022, pelo Brasileirão, em um triunfo por 2 a 1. Se o jejum já incomoda no cenário nacional, no Campeonato Mineiro ele é ainda maior, com a última vitória do Coelho sobre o rival no estadual tendo ocorrido na final de 2016, quando o time conquistou seu último título.

E se a derrota acachapante no primeiro jogo não bastasse para deixar o torcedor americano revoltado, as declarações do presidente Alencar da Silveira Júnior durante a semana só aumentaram o constrangimento. 

Antes mesmo de a bola rolar no primeiro jogo, Alencar garantiu que seríamos campeões. Depois da goleada sofrida, o presidente afirmou ao ‘No Ataque’, em matéria assinada por José Cândido Júnior e João Vítor Marques, que a sua “premonição” teria mais chances de se cumprir caso tivesse ouvido a própria intuição. Segundo ele, a decisão de mandar a primeira partida no Mineirão, com mando atleticano, e a segunda no Independência, como mando americano, foi um erro, e que sua intenção era realizar os dois jogos no Mineirão, dividindo as rendas entre os clubes. 

A gente perdeu uma grande oportunidade. Se eu tivesse (ouvido) o meu instinto… Quando eu falo que vou ser campeão, é porque em 2016 (último título mineiro do América, justamente contra o Atlético) eu fiz pela minha cabeça”, disse o dirigente ao portal. O que aconteceu de lá para cá? Planejamento zero, falta de ambição e decisões questionáveis que nos deixaram à mercê de vexames como o do último sábado. Pois bem, presidente, futebol profissional não se faz com intuição! Faz-se com planejamento, competência e respeito ao torcedor, que agora tem que lidar com o time sendo alvo de piadas graças a declarações irresponsáveis.

Para o jogo de volta, o técnico William Batista precisa encontrar soluções para que o time ao menos consiga competir. De acordo com a ESPN, a tendência é que a escalação tenha Jori; Mariano, Lucão, Ricardo Silva e Marlon; Elizari, Kauã Diniz e Miquéias; Adyson (Figueiredo), Fabinho e Renato Marques. O time pode não ter demonstrado sua melhor versão no primeiro jogo, mas os jogadores têm agora a chance de mostrar orgulho e lutar por uma despedida digna nesta final.

Foto: Mourão Panda / América

Pelo ponto de vista financeiro, o América tem um aspecto positivo para destacar. Leandro Colombo e Pedro Faria, do ‘O Tempo Sports’, informaram que cerca de 37 mil ingressos já foram vendidos para a finalíssima, e a expectativa é de um público superior a 50 mil torcedores no Mineirão. A arrecadação será importante para os cofres do clube.

Aos guerreiros e guerreiras que ainda têm ânimo e estômago para se dirigirem ao Mineirão neste sábado, desejo boa sorte e que façam a festa de vocês. O América é feito por vocês e deveria jogar para vocês também, mesmo que isso não tenha aparecido no último jogo. Está difícil, praticamente impossível, mas para os mais otimistas, ainda restam 90 minutos para sonhar. Dizem por aí que verde é a cor da esperança; veremos!

Por Laura Assis Ferreira

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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