Até o momento, o ano de 2024 não tem sido dos melhores para a nação palestrina. Justamente no mês do seu aniversário (agosto), quando completou 110 anos, o Alviverde Imponente sofreu com a eliminação de duas competições na sequência.
O adeus à Copa do Brasil diante do Flamengo e o adeus à Copa Libertadores diante do Botafogo foram dolorosos. Principalmente por serem times que vêm travando uma grande rivalidade com o Palmeiras nos últimos anos.
Momentos ruins à parte, não podemos deixar de falar sobre a conquista do Campeonato Paulista do início do ano. O tricampeonato e o prêmio de melhor técnico da competição para Abel Ferreira garantiram um bom início de temporada para o Verdão.
Entre a conquista do título e as eliminações, vimos o Alviverde Paulista passar por altos e baixos. Foram triunfos emocionantes de tirar o fôlego, viradas típicas do time virada, empates amargos e derrotas difíceis de acreditar. Um misto de emoções que vem mexendo com a mente e o coração torcedor.
Na montanha russa que é ser torcedor, os momentos negativos sempre acabam pesando. Afinal, ninguém gosta de perder, mas não se pode ganhar sempre. E que bom que o torcedor palmeirense aprendeu a aceitar isso. Não todos, mas ainda bem que uma grande parte.
Desde a chegada de Abel em 2020, a torcida que canta e vibra se alegrou diversas vezes com tantos títulos conquistados em tão pouco tempo. E talvez tenha ficado mal acostumada a ganhar sempre. Mas, é o próprio técnico multicampeão que tem mostrado e ensinado ao torcedor que não existem só equipes que ganham, treinadores que só vençam e jogadores que só joguem bem.
É normal criticar quando o time joga mal e perde. Mas é importante saber reconhecer quando o time joga bem mesmo perdendo. Pois esse apoio é motivação para os jogadores e reconhecimento pelo seu trabalho.
Em todas as vezes que o Palmeiras não jogou bem e perdeu até aqui a torcida sofreu, brigou e criticou. Mas a lição sobre não deixar de apoiar foi colocada em prática em todos os momentos. Orgulho do técnico português!
Deixando os fantasmas das eliminações para trás, o Verdão vem numa sequência de quatro triunfos consecutivos no Brasileirão. Ocupando agora a segunda colocação com 50 pontos e deixando acesa a chama da briga pelo tricampeonato.
Como torcedora, acredito que a vinda de Abel para o Palmeiras ensinou muito para os jogadores e para a torcida. Além disso, também resgatou em nós a alegria de ser palmeirense.
Ser palmeirense é ir para o estádio e cantar “Vamos pra cima, Porco! Hoje eu vim te apoiar “, ganhando ou perdendo. Ser palmeirense é aplaudir o time mesmo diante de uma eliminação. Ser palmeirense é ser surpreendido com um triunfo de goleada quando menos se espera. Ser palmeirense é vibrar loucamente com um gol aos 49 segundos de jogo. Ser palmeirense é ver Raphael Veiga sair do banco de reservas e marcar um golaço numa cobrança de falta. Se palmeirense é apoiar, vibrar e cantar.
A alegria de ser palmeirense vai muito além dos momentos grandiosos e da conquista de títulos. A alegria de ser palmeirense começa na valorização dos pequenos momentos.
Há quem concorde, há quem não. E está tudo bem.
Cabeça fria, coração quente! Avanti Palestra!
Por Rafaela Cerqueira
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.