ENTRE O PREVISÍVEL E O INACREDITÁVEL SC  INTERNACIONAL 


Na noite desta quarta-feira (8), o Colorado recebeu o Caxias no Estádio Beira Rio pela 6ª rodada do Gauchão e ficou no empate 

Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional 

O torcedor Colorado vive a sina de transitar entre os sentimentos, entre a previsibilidade e o inacreditável quando se trata do Internacional, entre o sair de um tempo em que a equipe mostrou o melhor futebol de 2023 para uma etapa em que chamou e subestimou o adversário deixando ele empatar e virar o jogo em questão de minutos. 

Com 30 segundos de jogo, o Caxias arriscou de fora da área e o torcedor respirou fundo lembrando das duas partidas em que o Inter sofreu gols aos 3 min e correu a partida toda atrás de resultado, mal sabia o que estava por vir. 

“Surpreendentemente” o Inter resolveu jogar tudo que não havia jogado até aqui na temporada na primeira etapa, não deixou  estratégia do Caxias de quebrar o jogo no meio de campo afetar e encontrou e explorou os corredores na velocidade de Wanderson e principalmente de Pedro Henrique. 

Na insistência de PH que tentou por todos os lados o gol saiu aos 25’, depois de uma roubada de bola ainda no meio campo o camisa 28 avançou imparável, deixou a defesa grená pelo caminho e balançou as redes do Caxias. 

Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional 

O festival de gols perdidos da primeira etapa só ampliou, a trave cansou de ser carimbada pelo time da casa que insistiu muito na busca por ampliar o placar ainda nos 45 minutos iniciais, e deveria ter insistido mais. 

A segunda etapa foi de show de horror, o Colorado abdicou de jogar logo no começo da partida e a situação piorou com as trocas, se Maurício saiu aos 16 min, por lesão, Alan Patrick deixou o jogo aos 26 min por opção e ainda sem justificativa. 

O que vinha morro abaixo acelerou e desandou, o time perdeu a intensidade, a criatividade e cedeu espaço e jogo ao Caxias que soube ser oportunista e efetivo. 

Aos 33 minutos da etapa complementar o Caxias empatou, dois minutos mais tarde virou o jogo, dois lances em dois minutos foram suficientes para a partida do Inter sucumbir ao jogo do grená. 

O mesmo time que havia optado por deixar o adversário jogar tinha agora que correr atrás do resultado já tendo sacado seu articulador e sabendo da insuficiência do seu banco de reservas. Recheado de guris, os suplentes baixam muito o nível nas trocas e não é culpa deles, mas o tempo de “análises e monitoramentos” está por um fio. Um grupo que quer chegar entrosado e qualificado a três competições de nível e cobranças altíssimas como a Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores precisa acelerar a chegada de reforços e melhoria do grupo. 

Não bastasse as poucas opções de resolver o problema em acertar o gol alheio, Alemão que entrou já beirando o fim da partida ainda vive ou vivia talvez uma maré de azar absurda, a bola simplesmente teima em ser desobediente quando caí nos pés do guri. 

Entre o azar e a teimosia, dessa vez Alemão venceu! Já nos acréscimos a bola teimou, bateu e rebateu, mas morreu no fundo da rede. 

Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional 

Tudo igual no placar, mas na conta da frustração o preço segue sendo muito caro. 

Por Jéssica Salini

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.  


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