Deus está conosco, Ele está no meio de nós. O último Clássico-Rei de 2022 foi crucial para o Fortaleza que entrava em campo diante do maior rival, com chances de sair da zona de rebaixamento e engatar a terceira vitória no certame. Éramos visitantes e os pouco mais de 10 mil tricolores presentes deram uma aula de arquibancada cantando e apoiando os 90 minutos.
Quem acreditava que o Fortaleza sairia da lanterna? Quem imaginava que o time teria forças para sair da zona? Nada como vencer um clássico contra o outro lado da cidade para impulsionar uma reação que, se Deus quiser, daqui para frente é só para cima. Foi 1×0 no placar com gol de Moisés ainda no primeiro tempo, apesar do placar mínimo, o Leão foi superior nos dois tempos, podendo ter ampliado se o árbitro tivesse marcado o pênalti quando Nino Paraíba tirou a bola com o braço. O Ceará nem para tirar um leve “uuuh” da torcida.
E não, o rival não tirou ninguém da zona. O Fortaleza, junto à sua torcida e com um elenco fechado com o treinador, tirou forças do fundo do coração e voltou a jogar com inteligência. Desde o início do segundo turno, o Tricolor do Pici está com 100% de aproveitamento. São quatro jogos de defesa sólida sem ser vazada. Uma reação que vem lá de trás, azar do rival que estava no caminho e perdeu por demérito e incompetência.
Ao fim da partida, os jogadores foram até a torcida agradecer e cantar. Momento de conexão que tirou lágrimas desta colunista e de tantos outros na arquibancada do lado Sul. De degrau em degrau, com a cabeça fria e o coração quente seguimos, pois ainda tem muito campeonato pela frente. Mas vencer um clássico é sempre bom. E que esse tenha sido o impulso necessário para seguir subindo na tabela.
Meu Leão estava apenas ferido. Ele nunca esteve morto.
Por Sara Cordeiro
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