J de JUstiça! 


Nos acréscimos, Juventude vence fora de casa e mostra que a força do Papão supera qualquer adversidade

A tarde deste sábado (15) foi mais agitada do que o normal para a equipe alviverde. Direto da Boca do Lobo, em Pelotas, o Juventude superou os donos da casa com uma vitória por 3×2, com direito a duas viradas no placar. O gramado desgastado do estádio mais antigo do Brasil foi palco de uma série de reviravoltas que culminaram nos 3 pontos mais decisivos da equipe de Caxias, no fechamento da primeira fase do Campeonato Gaúcho. O Ju vai decidir a semifinal em casa!

Foto: EC Juventude\Fernando Alves

O primeiro tempo desta partida antológica que as duas torcidas presenciaram não representou em nada o seu decorrer. Os primeiros 45 minutos foram mornos, entroncados e não conseguiram mostrar a real qualidade das equipes que jogavam. 

O único jogador que realmente estava tentando criar oportunidades era o atacante Ênio, camisa 97 do Ju. Muito criativo e tentando ao máximo fazer seus cruzamentos chegarem até a área, teve seu esforço recompensado quando conseguiu fazer a bola entrar na meta adversária aos 34 minutos. Este também foi o primeiro gol de Ênio pelo Juventude. Após a expulsão de Robson, jogador do Pelotas, Ênio até conseguiu marcar o segundo, mas o VAR apontou um impedimento na origem da jogada. 

O início do segundo tempo foi segurado por alguns minutos devido a falta de uma ambulância em um dos confrontos simultâneos. Com um a mais, a equipe de Caxias fez bastantes mudanças, buscando se tornar mais ofensiva. Os jogadores que mais fizeram diferença entraram aos 26 e aos 37 minutos da etapa complementar. Gabriel Taliari e Emerson Batalla, respectivamente, foram as chaves para essa vitória. 

Administrando bem a partida e mostrando seu volume de jogo, o Papão ficou com dois jogadores a mais em campo quando Matheus Silva foi expulso após cotovelar o rosto do zagueiro Kawan. 

Claro que nada poderia ser fácil com uma equipe de arbitragem da FGF em ação no campo. Aos 30 minutos do segundo tempo, o VAR mais uma vez chamou o árbitro Lucas Horn à cabine para que ele analisasse uma possível mão de Filipinho. O lance em questão mostra claramente a bola batendo no calcanhar do jogador antes de triscar em sua mão – muito bem recolhida, tentando evitar contato. A escolha de Horn levou Yuri Bigode a empatar o jogo. Dois minutos depois, em um erro da defesa do Ju, Léo Ferraz encobriu Gustavo e virou. 2×1 para os mandantes. 

Já classificado, o Verdão buscava se manter pelo menos em segundo colocado no quadro geral, para decidir a semifinal em casa, porém o jogo parecia perdido. Nada parecia dar certo. O Pelotas havia se retrancado completamente. Os 8 minutos de acréscimo não pareciam ajudar em nada. Então, aos 48 minutos, em uma limpada belíssima na entrada da área, Emerson Batalla trouxe o Ju de volta à partida ao igualar o placar. Aos 52, depois de uma confusão dentro da área, a bola sobrou nos pés de Taliari e ele decidiu a partida como um bom artilheiro faz. 

Foto: EC Juventude\Fernando Alves

A pergunta que fica, depois dessa superação, é: até quando quem segura o apito vai decidir as coisas por sua vontade? Até quando o livro de regras vai ser uma mera sugestão? O erro que faz com que o Juventude leve um empate inesperado é o mesmo que deixa o Grêmio com um a menos ou que sonega um pênalti para o Internacional. Até quando a “JUstiça” precisará ser defendida pelos jogadores em campo enquanto quem senta na cabine do VAR apenas assiste ao jogo?

De qualquer maneira, o próximo compromisso do Verdão será viajar até a Arena do Grêmio no dia 22 de fevereiro, para o confronto de ida da semifinal. Com muita fé e raça, o Ju espera chegar a sua oitava final de Gauchão e, talvez, ao seu segundo título. Vamos JUntos!

Por Luiza Corrêa


*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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