Com expulsão de Gabigol, Cruzeiro é derrotado no clássico


Com um jogador a menos desde o primeiro tempo, Cruzeiro é detrotado pelo Atlético Mineiro. Mesmo com a derrota, a Raposa  já está classificada

No clássico mineiro realizado neste domingo (9), no Mineirão, o Atlético-MG venceu o Cruzeiro por 2 a 0, com dois gols do atacante Hulk. A partida foi marcada por um momento decisivo aos 29 minutos do primeiro tempo, quando o atacante Gabigol foi expulso após uma cotovelada em Lyanco.

Com um jogador a menos, o Cruzeiro se fechou defensivamente, dificultando as investidas do adversário. Apesar disso, a superioridade numérica foi crucial para o time alvinegro, que controlou a maior parte do jogo após a expulsão. O Galo aproveitou o cenário para pressionar a Raposa, marcando dois gols e consolidando a vitória.

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

O jogo

Primeiro é necessário analisar a arbitragem do jogo, que gerou bastante discussão. Como costuma acontecer em clássicos entre as equipes mineiras, é difícil encontrar uma partida sem polêmicas e decisões contestadas. Neste caso, a arbitragem foi apontada como tendenciosa, com decisões que pareceram favorecer o adversário, já que nem sempre as situações foram tratadas de forma igual para ambas as equipes.

Um dos momentos mais controversos foi o lance em que Lyanco pisou no braço de Dudu durante o primeiro tempo. Após uma disputa de bola no chão, Lyanco aparentemente pisou no braço de Dudu, que estava caído. O árbitro da partida, Felipe Fernandes de Lima, não marcou nada e o lance não foi revisado pelo VAR. 

Esse episódio causou grande polêmica entre os torcedores, que consideraram o ato de Lyanco uma agressão, que, em muitos casos, poderia ser punida com cartão amarelo ou até vermelho, dependendo da interpretação do árbitro. No entanto, a arbitragem não entendeu que houve intenção de machucar o jogador do Cruzeiro, e o jogo seguiu sem qualquer intervenção, o que aumentou a sensação de incoerência nas decisões da arbitragem.

Pouco tempo depois, ocorreu a expulsão de Gabigol. Inicialmente, o árbitro deu cartão amarelo para a falta cometida pelo atacante do Cruzeiro. No entanto, o VAR chamou Felipe Fernandes para revisar a jogada e, após análise, o árbitro aplicou o cartão vermelho direto.

A decisão gerou grande debate, já que muitos se questionaram sobre a abordagem diferente: por que o pisão de Lyanco não resultou em punição, enquanto a falta de Gabigol levou à expulsão imediata? 

Essa diferença de tratamento entre os dois lances gerou desconfiança em relação à imparcialidade da arbitragem, deixando claro que as decisões nem sempre foram claras para todos os envolvidos. Devido às atitudes imparciais da arbitragem, o time Celeste jogou praticamente toda a partida com um jogador a menos. A expulsão de Gabi alterou completamente a estratégia, obrigando a equipe a se concentrar na defesa e jogar de forma mais compacta. 

Com a expulsão ainda no primeiro tempo, o Cabuloso perdeu uma das suas principais peças ofensivas, o que forçou a equipe a se reorganizar rapidamente para tentar conter as investidas do Atlético-MG.

Apesar da pressão crescente do time atleticano, o Imortal Azul conseguiu se proteger bem no primeiro tempo. A defesa foi sólida, e o time se fechou de maneira eficaz, dificultando as investidas do adversário. E vale destacar, que o árbitro, não marcou faltas em lances cruciais, o que aumentou a sensação de desequilíbrio nas decisões. Mesmo com o Atlético-MG dominando a posse de bola, o time Celeste se manteve firme, evitando gols e utilizando a vantagem numérica do rival para ganhar tempo e forçar o erro.

Essa estratégia defensiva, embora eficaz em momentos pontuais, permitiu que o time Alvinegro ganhasse espaço no jogo, mas sem conseguir converter essa superioridade em gols durante o primeiro tempo. A tática de segurar o jogo na defesa foi uma tentativa de equilibrar a partida, mesmo com a adversidade numérica.

Na volta para o segundo tempo, o técnico Cuca fez mudanças estratégicas no time, tornando a equipe atleticana mais ofensiva. A entrada do atacante Palacios no lugar do zagueiro Júnior Alonso foi uma tentativa clara de pressionar ainda mais o adversário, aproveitando a superioridade.

Logo aos 10 minutos do segundo tempo, o Atlético-MG conseguiu abrir o placar com Hulk, que finalizou de forma precisa após um bom passe rasteiro na área. O gol refletiu a superioridade numérica e a qualidade ofensiva do time alvinegro, que soube aproveitar a situação para exercer pressão constante. Aos 25 minutos, Hulk marcou novamente, ampliando a vantagem para o adversário. 

Esses gols consolidaram a superioridade do Galo no jogo, evidenciando a estratégia de Cuca ao fazer alterações que reforçaram o setor ofensivo da equipe.

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Avaliação geral do jogo

O Cruzeiro lutou bravamente, mas a expulsão prejudicou suas chances. O time se fechou bem defensivamente, mas a falta de opções ofensivas foi um problema claro. A equipe já havia garantido a vaga nas semifinais, o que poderia ter influenciado na postura mais cautelosa durante o jogo.

O time do Galo, apesar de ter mostrado algumas dificuldades no primeiro tempo, soube aproveitar a expulsão e impôs sua superioridade no segundo. Hulk foi, sem dúvida, o destaque, com dois gols e participação decisiva na partida. O time, com mais posse e pressão, se mostrou mais organizado e soube usar a vantagem numérica.

Todas as situações envolvidas no jogo garantiram a vitória do “Do menor de Minas”, que manteve a superioridade numérica durante a maior parte da partida. Já a Raposa, apesar da derrota, demonstrou ser capaz de se defender bem, mas careceu de força ofensiva para reverter o cenário. Com essa vitória o adversário ficou em boa posição para buscar a classificação direta para as semifinais do estadual, enquanto o Cruzeiro, com o objetivo já alcançado de se classificar, segue para a próxima fase do torneio.

Na próxima rodada, o Cruzeiro enfrentará o Democrata-GV, em Sete Lagoas, na quarta-feira, às 19h45.

Por Muryel Kathellen

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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