JOGAMOS PARA NÃO PERDER OU PARA GANHAR?


Mais uma vez Palmeiras e São Paulo empatam num Choque-Rei

Três Choques-Rei, três empates, três atuações semelhantes. As mesmas falhas, as mesmas dificuldades e mais uma vez o grito do triunfo entalado na garganta do torcedor.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

O ano de 2024 chegou com tudo! Quatro meses se passaram e Palmeiras e São Paulo já se enfrentaram três vezes! Para o torcedor palmeirense que entende o tamanho dessa rivalidade e acompanha bem o time,  essa sequência de jogos tem sido amarga.

O primeiro confronto, que aconteceu em fevereiro na Supercopa Rei, já colocou as  expectativas em alta. Afinal, era a disputa de um título já no início do ano. Era a oportunidade de começar a temporada com o pé direito e com aquele gás que só a conquista de um caneco pode proporcionar. Porém, o gás e o título escaparam em mais uma disputa de pênaltis negativa para o Verdão, após um 0 a 0 no tempo regulamentar. Perdemos nos pênaltis, mas ficamos invictos nos 90 minutos. Só para deixar claro.

No mês seguinte, tivemos o segundo confronto. O clássico aconteceu na 11ª rodada do Campeonato Paulista. Dessa vez os times marcaram e a partida terminou com o placar de 1 a 1. O terceiro confronto aconteceu nesta segunda-feira, 29 de abril, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. As equipes ficaram no 0 a 0 e colecionaram mais um empate.

Diante de tantos empates surgem os questionamentos: O que acontece com o Palmeiras quando enfrenta o São Paulo? E o que acontece com o São Paulo quando enfrenta o Palmeiras? Talvez a resposta não seja sobre ser melhor do que o outro, mas sim sobre dar o melhor de si mesmo.

Nas três partidas vimos um cenário típico de clássico: jogo truncado, com muitas faltas e muita tensão entre os jogadores. Resultado da rivalidade que vem crescendo forte nos últimos tempos. Mas a semelhança não ficou somente nesse quesito…

Os jogos parecem ser reflexos uns dos outros. O Palmeiras cometeu as mesmas falhas e mais uma vez deixou a desejar na efetividade das finalizações. O próprio técnico da equipe, Abel Ferreira, pontou isso nas entrevistas coletivas após os jogos: “Temos que ser mais efetivos!”. Coloca esse povo para treinar e aprimorar mais esse ponto, professor! Está na hora de traçar um novo plano!

Das bolas chutadas ao gol no jogo desta segunda (29), as melhores chances ficaram nos pés de Lázaro e Endrick, mas sem resultado. O camisa 9 inclusive perdeu a oportunidade de marcar um gol no que Choque-Rei que antecede sua ida para a Europa. No próximo, o nosso golden boy já estará na sua nova casa.

Outro quesito também falado por Abel e muito visível no jogo é falta de confiança dos jogadores em si mesmos. Nos três jogos o Palmeiras ficou acanhado, parecendo se esconder na pressuposta dificuldade que vem atrelada aos clássicos. Com ressalva para alguns jogadores que até jogaram bem. Como por exemplo o garoto Estêvão, que teve uma postura proativa e buscou um melhor resultado. Mas sabemos bem que uma andorinha só não faz verão.

E o que dizer quando os jogadores parecem mais querer evitar que o adversário ganhe do que correr atrás do seu próprio triunfo? Às vezes é o que acontece nos clássicos. Ambos os times buscam apenas anular as chances do outro ao invés de criar as suas próprias oportunidades.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Saímos dessa sequência amarga apenas com o gostinho de manter a invencibilidade contra os adversários jogando no MorumBIS em partidas do Campeonato Brasileiro. Desde 2017, nos confrontos entre Palmeiras e São Paulo, foram 3 triunfos a favor do Verdão e 4 empates. Por enquanto seguimos com esse prêmio de consolação.

Que não apenas no próximo Choque-Rei, mas também em outros clássicos, o Palmeiras faça jus ao nome Alviverde Imponente e jogue não com medo de perder, mas sim com total vontade de ganhar!

Por Rafaela Cerqueira

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


Deixe um comentário

Veja Também:

Faça o login

Cadastre-se