NÃO DEU, MAS VAMOS PARA O TUDO OU NADA!


Apático, Brasil acaba derrotado pela França e tem a obrigação de derrotar a Jamaica para seguir vivo no Mundial 

Thais Magalhães

O jogo do Brasil terminou a poucos minutos e tenho a certeza de que a torcida está tentando entender o que foi a escalação diante da França. Pior, compreender a passividade da técnica Pia, e suas péssimas alterações com o Canarinho precisando vencer. No fim, os 2 a 1 caem totalmente na conta da treinadora.

Pia Sundhage iniciou a partida com Letícia, Lauren, Rafaelle, Antonia, Tamires, Kerolin, Luana, Ary Borges, Adriana, Geyse e Debinha. Ou seja, mudou a escalação do primeiro jogo e ninguém entendeu nada.

Assistimos um jogo onde o Brasil demorou para se encontrar, tomou pressão e deve agradecer aos deuses do futebol por não ter tomado mais gols na primeira etapa. Foram falhas atrás de falhas. Time nervoso, instável, o que resultou em domínio e claro, gol da França. 

Após uma boa jogada pela esquerda, as francesas conseguiram abrir o marcador com um gol de cabeça da artilheira Le Sommer. Depois do gol as brasileiras acordaram, passaram a criar mais e até tiveram uma ótima oportunidade de empatar a partida com Adriana, mas a atacante chutou por cima do gol.

A França criou uma ótima chance após passe errado de Debinha. As Le Bleus roubaram a bola no campo brasileiro, Geyoro recebeu sozinha na área, cara a cara com a arqueira do Brasil, mas nossa gigante Lelê fez uma ótima defesa e evitou o segundo gol – o lance estava em impedimento e seria invalidado.

Veio a segunda etapa e a Canarinho ressuscitou. O volume de jogo cresceu e saiu o gol. Debinha, que não havia jogado nada na primeira etapa, empatou. O Brasil fez uma bela troca de passes na entrada da grande área, Kerolin tocou para Debinha, que mandou para o fundo das redes, 1 a 1.

Thais Magalhães

O gol acendeu o Brasil, que passou a envolver as francesas.  A Canarinho teve uma ótima oportunidade de virar a partida, quando Debinha avançou pelo meio, mas foi desarmada na entrada da grande área, ao invés de tocar para Adriana, que estava a sua direita.

O jogo se ofereceu para nós, as Bleus errando, tudo lindo, até que… erro de marcação. Erro juvenil, de treino de categoria de base. Bola alçada na área e NINGUÉM, eu disse, NINGUÉM, marcou a gigantesca Renard. E o erro custou caro, gol. Gol idiota.

No minuto final dos acréscimos, o Brasil teve sua última chance de empatar a partida em cobrança de falta da Andressa. Ela lançou para a pequena área, mas a zaga francesa conseguiu afastar. E assim, seguimos no tabu sem vencer as Francesas em partidas oficiais. 

Os erros custaram pontos ao Brasil, que agora só tem uma opção: vencer a Jamaica. Quarta-feira precisamos estar acima dos 100%, ligadas, com a cabeça centrada. O psicológico não pode dar brecha para erros bobos, ou nós despediremos cedo demais do Mundial. 

Pia foi mal. Com o Brasil precisando ganhar e tendo Gabi Nunes e Duda Sampaio no banco, colocar a Mônica beirou o absurdo. Pior, como manda uma marcação por zona tendo Renard do outro lado? Pediu para perder!

A seleção retorna aos gramados na próxima quarta-feira (2), pela terceira rodada da fase de grupos. A partida será às 7h (horário de Brasília), contra a Jamaica, no Melbourne Rectangular Stadium.

Por Mariana Alves e Thamires Barbosa 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo 


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