Em jogo péssimo, Furacão é desclassificado pelo Poderoso FC Cascavel na semifinal do Paranaense
Nesta quarta-feira (8), feriado em Curitiba em comemoração à sua Padroeira, o Athletico entrou em campo no Olímpico Regional, enfrentou o FC Cascavel no jogo da volta da semifinal do Paranaense e… PASSOU VERGONHA.
No primeiro confronto, que aconteceu na semana passada, o time da Serpente, treinado pelo algoz de todo atleticano: Tcheco, conseguiu o empate em 1 a 1, na Arena da Baixada.
Dias antes da partida da volta, começaram alguns imprevistos, que já davam alguma ideia de que a disputa seria movimentada, senão dentro, fora dos gramados. Com jogadores lesionados, emprestados e com COVID, o FC Cascavel pediu o adiamento da disputa à Federação.
O Athletico não aceitou, e não por picuinha, mas porque ESTAVA JOGANDO QUATRO CAMPEONATOS EM PLENO SETEMBRO. A Federação negou o pedido do adversário do Furacão, que teve que apelar ao STJD, mas não conseguiu o efeito suspensivo e, obviamente, entrou mordido em campo.
Antes de entrar no mérito da partida mais uma reclamação: O ano era 2008 e o Presidente Petraglia enfiava goela abaixo dos atleticanos a ideia de que o Paranaense era um Ruralzão, não valia nada, e que por isso quem disputaria a competição seria a piazada da base, naquela época chamados sub-23.
No começo, a torcida detestou o esquema, até que o time começou a vencer, e a piada do “1,2,3 do sub-23” começou a convencer mesmo aqueles mais teimosos. Ainda, foram reveladas verdadeiras pérolas que posteriormente ascendiam ao time titular, e todo mundo começou a adorar a ideia que, inclusive, foi adotada por outros times no Brasil.
Esse time da piazada foi BICAMPEÃO PARANAENSE, e, mesmo que o Ruralzão “não valesse nada”, ao menos a hegemonia atleticana estava resguardada. Até que veio o ano de 2020, quando a pandemia impediu treinos, jogos, ritmos e fez com que o Paranaense acontecesse apenas no final do ano. Naquela oportunidade, os Aspirantes, como ficaram conhecidos posteriormente os antigos sub-23, não vinham tão bem, e, para garantir a vitória em cima do rival Coritiba, optou-se por colocar o time principal em campo. O Athletico venceu, conquistou o TRI, mas foi um caminho sem volta.
Isso porque, sempre que a piazada vem mal, o time titular, ou ao menos um “mescladão” entra em campo. Pensando em um 2021, no qual não foram revelados e nem aproveitados muitos dos jovens da base para o principal, a exemplo de Jajá, que foi para o CRB, o time titular precisou entrar em campo mais vezes, pelo rejeitado Ruralzão.
Ocorre que, na atual conjuntura, em que o Athletico está(va) em quatro competições a saber: Paranaense, Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-americana, precisava mesmo colocar o time titular para jogar em Cascavel?! Precisava passar essa vergonha no débito, no crédito e no PIX?! E isso sem desrespeitar o trabalho do adversário, mas exigindo trabalho do próprio Athletico.
Sobre o jogo, foi simples. No início da partida, Nikão abriu o placar, no que imaginávamos ser uma classificação bem fácil. O FC Cascavel empatou, e já imaginamos que teríamos que vencer nos pênaltis, mas, aos 18 minutos do segundo tempo, o dono da casa virou. Ali já sabíamos: o time se fecharia e o Athletico, que pouco criou e que gols desperdiçou, não conseguiria chegar na meta da Serpente. E foi exatamente o que aconteceu, com a partida terminando em 2 x 1 para o FC Cascavel, que disputará o título com o Londrina.
Com o time titular, passando vergonha, perdendo gols, com substituições erradas e desgastando jogadores quando o clube está mal no Brasileiro e disputa a Copa do Brasil na próxima semana, o Athletico deixou escapar a possibilidade do inédito TETRACAMPEONATO PARANAENSE.
Parabéns!
Por Daiane Luz, setorista do Athletico no Portal Mulheres em Campo
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna, não representam, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo