A LUTA CONTRA UM SÓ RIVAL


                         Foto: Portal UOL                                

Terça-feira, 31 de Dezembro de 2019. O governo Chinês emite o primeiro alerta sobre o surgimento de um novo vírus, o até então denominado Coronavírus. 

Uma tosse aqui,outra falta de ar ali, o nariz escorrendo, e “bum”… a bomba explodiu e os hospitais superlotaram. “Que vírus é esse?”, diziam os médicos. 

Da China, foi invadindo a Europa, migrando nas Américas, tendo o primeiro caso confirmado no Brasil em 26 de fevereiro – o que foi péssimo, já que as coisas no nosso país só pioraram depois disso. 

O medo tomou conta da população, as portas dos comércios foram aos poucos baixando, nas ruas não se via tanta gente assim… os aeroportos, que antes eram passarelas para as belas aeronaves, se tornaram um museu de aviões, já que mal tinham voos. No entanto, nos hospitais não se sabia onde colocar tanta gente. 

E o futebol, como ficou? Não tinha condições de iniciar os campeonatos ou dar continuidade. Em outros continentes, já havia sido decidida a paralisação até a segunda ordem. No Brasil, ficou o dilema: continuaria com os portões fechados, ou parava tudo? Eis a questão! 

O que mais se via eram torcedores brasileiros questionando a situação e o interrompimento das competições (no início da pandemia, estavam ocorrendo os campeonatos estaduais). Era comum abrir as redes sociais e ver publicações como: “É sacanagem, ficar em quarentena sem futebol”. “Sou a favor da paralisação, o risco de contágio é grande”… de tudo se via, principalmente postagens contra a paralisação, e então ficava o questionamento: Cadê a empatia? Afinal, quem faz o “show”, é gente como a gente, não era necessário que eles se resguardassem assim como os demais? 

Mediante a tantas opiniões alheias, os governos que tanto se calaram, decidiram paralisar as competições, sem previsão de volta.  Meses após o primeiro caso, o Brasil chegava a um Maracanã de mortos, tendo 79.488 vítimas do Covid-19. 

A situação ficou crítica. Os clubes, por sua vez, tiveram que reduzir não só os salários dos atletas, mas houve demissão em massa de funcionários. A crise bateu, e já não se sabia o que fazer, até que, mediante a estudos, foi vista a possibilidade de retomada dos trabalhos, seguindo algumas recomendações básicas. Entre o fim de julho e o início de agosto, os torneios estaduais retomaram e, com isso, uma série de questionamentos foram feitos, mas no fim, a decisão final permaneceu. Outros campeonatos tiveram início (alguns ainda estão em andamento e terminam apenas no próximo ano), e a situação foi tendo que ser vivida em um novo normal

Até o presente momento, as arquibancadas permanecem vazias, e pelo andar da carruagem,  tão cedo não veremos aquele calor fervoroso dos torcedores animando as partidas. 

O fim do ano chegou, 2021 já está batendo na porta. O que esperar para esse novo ano? Espero que a gente presencie um bolão, mas não qualquer um, aquele que consegue inverter o jogo aos 47′ do segundo tempo. Que nesse início de ano o mundo possa ser agraciado com uma vacina que consiga cessar tantas mortes, e em breve a gente possa gritar e abraçar aquele desconhecido quando o nosso time levantar a taça, ou fizer aquele gol da vitória.

“Vivemos esperando dias melhores”…

Por Larissa Araújo, colunista no Portal do Mulheres em Campo. 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.*


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