Saudações, torcida vascaína!
Aleluia! Finalmente teremos um final de semana tranquilo, sem pensar no estresse Vasco da Gama. Violência nunca será resposta, mas parece que serviu de combustível para entenderem a dimensão do clube que jogam. Honrem a camisa e terão apoio incondicional.
O Vasco entrou em campo para enfrentar o CRB, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro Série B, o Gigante da Colina venceu pelo placar de 3 a 0.
SOBRE O JOGO
Os últimos dias foram intensos, muitas cobranças interna e externamente, irão dizer que o Cabo montou o time perfeito, o esquema funcionou e nota dez para ele. Só que a história é um pouco diferente, na minha opinião o que mudou foi a atitude e raça dos jogadores.
A primeira etapa começou com um Vasco nervoso, mas organizado. O time não conseguia impor ritmo ofensivo, o adversário tinha a maior posse de bola, porém a defesa não cometeu os erros infantis das rodadas anteriores.
O jogo estava morno, sem muitos perigos, para uma equipe que não havia sequer marcado um gol em casa na competição, era muito pouco. Cano teve a bola do jogo, saiu na cara do goleiro e tentou um gol de cobertura, mas não se deu bem. Aos 43’, bola cruzada por Marquinhos Gabriel, e lá estava o argentino para mandar um belo cabeceio no fundo das redes.
No segundo tempo, começaram nossos ataques de raiva, o Vasco voltou cochilando e o CRB partindo em busca do resultado, o caminho era pegar um contra-ataque e matar o jogo ou ao menos ampliar o placar. Quem conhece o Vasco, sabe que o time ama jogar no limite e torrar a paciência dos seus fiéis torcedores.
Foram duas bolas na nossa trave, a sorte estava do nosso lado hoje. As chances que criamos ofensivamente, desperdiçamos e continuamos flertando com o perigo. Aos 39’, a calmaria chegou, Léo Jabá apareceu na cara de Diogo Silva, fez diferente de Cano e ampliou o marcador.
Depois desse resultado, o fim do jogo seria o mais válido, o que importava era a vitória, chega de sustos e vamos para a comemoração, só que faltava mais um pouquinho de emoção, Cano desperdiçou o que seria um belo gol. E, aos 49’, no apagar das luzes, Marquinhos Gabriel conseguiu sua redenção, dando números ao resultado final.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Minha opinião permanece, o Vasco continua desorganizado. Os erros foram menores, mas o time segue perdido em campo, foi uma vitória com o placar elástico que não condiz com o futebol apresentado. O importante são os três pontos, série B é isso, a verdade é essa, porém time mal treinado não é aceitável.
Durante a partida um drone sobrevoou São Januário, uma faixa com ameaças explícitas, volto a dizer que não é o caminho, torcedores sentem a emoção na pele, mas essas atitudes não levam a nada. A melhor cobrança é aquela pacífica.
Cabo ganhará mais um tempinho no comando, nossa torcida é para que as coisas dessa vez se encaminhem positivamente, que possamos ter mais alegrias e no final da temporada ter o time no lugar que não deveria ter saído.
Léo Jabá(que foi às lágrimas após o gol marcado), desabafou no final da partida:
“Vou repetir o que acabei de falar. Ninguém vem aqui para brincar. Você recebe para dar o seu melhor. Ninguém está de sacanagem. Fiquei assustado, sim. Por isso fiz um post (em redes sociais). Cobrar, o torcedor está no direito. Mas imagina se uma pedra pega na minha cabeça, perco o controle, atropelo alguém. Tinha uma mãe e uma criança passando. A gente veste uma camisa pesada. Mas agressão não sou a favor.”
O Vasco volta a campo na quinta(24) para enfrentar o Cruzeiro.
Vamos Vasco!
Por Aniele Lacerda, torcedora e setorista do Gigante da Colina no Portal Mulheres em Campo