ESTÁDIO MINEIRÃO POR UM OLHAR CRUZEIRENSE


Palco de muitas vitórias Celeste, mais que justo ser chamado de Toca III 

Foto; Instagram Mineirão

A construção do maior estádio do estado teve início em 1960, com o nome de Estádio Minas Gerais, mas em 1966, uma lei trocou o nome para Estádio Governador Magalhães Pinto, obviamente o nome do governador da época. Não adiantou muito, pois ficou conhecido mesmo como MINEIRÃO. 

O jogo inaugural aconteceu entre a seleção Mineira contra o River Plate da Argentina, em 05 de setembro de 1966. Vitória dos donos da casa por 1 a 0. O primeiro gol do estádio foi marcado por Buglê. 

As comemorações de estreia continuaram com o duelo entre Brasil e Uruguai. Na verdade, o Palmeiras vestiu a camisa canarinho e jogou. Mais uma vitória nacional, dessa vez com o placar de 3 a 0. 

Alguns dias depois, o primeiro clássico genuinamente local aconteceu. Em 24 de outubro desse mesmo ano, Cruzeiro e Atlético entraram em campo pelo Campeonato Mineiro. O Cruzeiro vencia por 1 a 0 com gol de Tostão. O árbitro marcou pênalti a favor da Raposa, mas os atleticanos contestaram. A confusão ficou generalizada e o juiz encerrou a partida aos 34 minutos do segundo tempo. 

O Cabuloso conquistou muitos títulos estaduais no Mineirão, mas o primeiro jogo de repercussão nacional foi a vitória Celeste sobre o Santos de Pelé, no primeiro jogo da decisão da Taça Brasil de 1966. O placar foi 6 a 2 (definitivamente 6 é um ótimo número para a Raposa). 

Em 1976, teve o primeiro título continental do Cabuloso. A decisão foi contra o River Plate, da Argentina. A vitória no Mineirão por 4 a 1 garantiu a tranquilidade para o jogo da volta em que os hermanos venceram por 2 a 1, mas não adiantava: Cruzeiro campeão da Libertadores. Apesar de perder o mundial para o Bayern, no Mineirão, o placar foi 0 a 0. 

Em 1991, mais uma vez o River estava no caminho, mas a equipe Estrelada atropelou os argentinos com o placar de 3 a 0 e venceu a Supercopa Libertadores em casa.

Em 1997, o bi da Libertadores foi na frente de uma multidão cruzeirense. O Maior de Minas venceu o Sporting Cristal na partida de volta por 1 a 0, após empate no estádio Nacional por 0 a 0. 

Em 1997, também foi o ano de recorde de público. Cruzeiro e Villa Nova fizeram o jogo de maior público do Estádio Mineirão. Diante de 132.843 pessoas, Marcelo Ramos marcou o gol do título do Campeonato Mineiro. 

A história do maior campeão da Copa do Brasil começou em 1993, com vitória sobre o Grêmio por 2 a 0 em BH. Em 1996, o bicampeonato foi sobre o Palmeiras no Parque Antártica, mas o empate por 1 a 1 no Gigante da Pampulha, no primeiro jogo da final, foi de extrema importância.

Já o tricampeonato foi conquistado no Mineirão. Após empate contra o São Paulo, por 0 a 0, no Morumbi, o Cabuloso mostrou ser o Rei de Copas ao fazer 2 a 1 diante de sua torcida. 

Ah, o ano de 2003! Ano dos sonhos. A Tríplice Coroa começou com o título do Campeonato Mineiro invicto. O quarto título da Copa do Brasil foi sobre o Flamengo. O jogo de ida no Maracanã ficou no empate por 1 a 1, mas em casa… ahhhh, em casa… 3 a 1! 

O espetáculo Celeste terminou com o título do primeiro Campeonato Brasileiro de pontos corridos após uma vitória sobre o Paysandu por 2 a 1, no Mineirão, claro!

O rei da Copa do Brasil venceu os anos 2017 e 2018. A quinta conquista aconteceu sobre o Flamengo, de forma emocionante. O Mineirão viu a decisão nos pênaltis. 

No ano seguinte, o hexacampeonato foi decidido na Arena Corinthians, contra o Corinthians. Porém, o primeiro jogo aconteceu em BH. O Cabuloso venceu as duas partidas: 1 a 0 e 2 a 1. 

Em 2013, o Cabuloso foi tricampeão Brasileiro. Jogando no Mineirão, teve 86% de aproveitamento com 14 vitórias, dois empates e uma única derrota.

O Tetracampeonato Brasileiro de 2014 aconteceu com duas rodadas de antecedência, no Mineirão, diante de 57 mil torcedores. O duelo contra o Goiás não foi fácil, mas a Raposa venceu por 2 a 1.

Para comemorar o centenário do Cabuloso, nada mais justo que um clássico contra seu maior rival, o Atlético. No Campeonato Mineiro de 2021, as equipes duelaram em um estádio vazio. A triste realidade do Covid-19 impediu o que poderia ser um dos maiores espetáculos do esporte. Nenhum torcedor nas arquibancadas para vibrar o gol da vitória cruzeirense por 1 a 0.

 Foto: Agência i7

Enfim, o estádio Governador Magalhães Pinto, o Gigante da Pampulha, o Mineirão… é o lugar que o Cruzeiro Esporte chama de lar, e casa é aquele lugar em que nós sentimos bem, temos tranquilidade, fazemos festa, abraçamos os amigos, fazemos churrasco… por isso e por tantos momentos vitoriosos que a torcida Celeste o apelidou de Toca III. 

Por Sam Bella, setorista do Cruzeiro 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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