Localizado no número 694 da Rua João Pessoa, no centro da cidade de Pelotas, o Estádio Bento Mendes de Freitas é a casa da maior e mais fiel torcida do interior do Rio Grande do Sul, mas isto é pouco para descrever o poder e a mística do lar rubro-negro.
Anteriormente, o Brasil mandava seus jogos em um local conhecido como Praça de Esportes, que se encontra ainda nos dias de hoje no Bairro Simões Lopes e é popularmente conhecido como Bancário. Aos poucos, porém, a estrutura não foi suficiente para comportar o clube que tanto crescia.
Levando o nome do ilustre presidente que idealizou o projeto, o Estádio Bento Freitas nasceu no dia 23 de maio de 1943 e se tornou desde então o coração das glórias do rubro-negro pelotense.
Também conhecido como baixada ou caldeirão, desde o primeiro instante não houve ocasião em que o estádio e a torcida não andassem juntos, lado a lado. Foi a massa rubro-negra que ajudou a colocar tijolo por tijolo das arquibancadas. Foi sendo forjado das mãos da própria torcida que o caldeirão ganhou forma.
O maior público da história do Bento Freitas aconteceu em 1985, em jogo válido pela Série A do Campeonato Brasileiro, contra o Flamengo. Diante de 22 mil apaixonados pelo rubro-negro pelotense, o Xavante bateu o time carioca de Zico, Bebeto e Zagallo pelo placar de 2×0 com gols de Bira e Júnior Brasília.
Este foi apenas um capítulo do grosso livro de histórias da Baixada. Foram muitos os feitos que as arquibancadas pulsantes embaladas pela chamada da Garra Xavante acompanharam: acessos, títulos, vitórias históricas, muitas conquistas dentro das quatro linhas.
Como já foi citado, o Bento Freitas jamais viveu anteriormente um momento como o atual: distância do seu fiel torcedor. As arquibancadas do caldeirão desconhecem o silêncio. Enquanto as vozes não voltam a ecoar, nós nos conectamos mais do que nunca ao passado.
Como sempre foi e sempre será, o Bento Freitas conta com as mãos da torcida em mutirões de pintura nas obras do estádio, preparando o lar rubro-negro para quando tudo voltar ao normal.
Ruy Carlos Ostermann, conceituado jornalista, durante o famoso jogo do recorde de público disse que “não há estádio mais humano do que o Bento Freitas”. E não há frase que ilustre melhor essa relação! Não existe Bento Freitas sem torcida e vice-versa.
Saudações rubro-negras,
Alice Silveira
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.
2 comentários sobre “NÃO HÁ ESTÁDIO MAIS HUMANO DO QUE O BENTO FREITAS”
Muito bom Alice, o Bento Freitas, casa dos Xavantes reflete exatamente isso em nossos coraçoes rubro negros.
Avante
O Estádio Bento Freitas apaixona pessoas. Daí uma das frases mais célebres de Ruy Carlos Ostermann: “Não há estádio mais humano”. Fato.