Não há nada que esteja ruim para o Corinthians, que não possa piorar. Depois de mais uma caça às bruxas, Mancini foi demitido a pedido de muitos. Sylvinho chegou e adivinha? Tudo igual, mesma postura e erros se repetindo.
Este foi apenas o primeiro jogo com Sylvinho à beira do gramado, afinal, diante do River Plate-PAR pela Copa Sul-Americana, quem comandou o time foi o interino Lázaro. Mas isso não exime o treinador de receber críticas por suas “batidas de cabeça”.
Dentro de campo, o Corinthians pecou novamente nos mesmos pontos. Faltou inspiração, vontade e as alterações não surtiram efeito. Podemos analisar o desempenho partindo da escalação com o esquema 4-3-3. Desta forma, Luan ficou responsável pela criação, enquanto Roni e Camacho atuaram como volantes. Ramiro e Vital jogaram abertos e Gustavo Mosquito ficou avançado no ataque, ou seja, sem centroavante fixo. No fim, decepção, derrota e mais do mesmo.
Vital ainda teve a proeza de perder uma penalidade, desperdiçando a chance de minimamente empatar diante do adversário que encontraremos em duas outras oportunidades pela Copa do Brasil. É bom iniciar a reza, porque se depender deste elenco, a eliminação vem.
O curioso é perceber que o treinador insiste no esquema que usou no Lyon. Desanimador não é mesmo? Apostas em medalhões tem levado o Corinthians ao abismo nos últimos tempos e pelo visto, seguiremos dando murro em ponta de faca.
Outro ponto importante a ser analisado é o papel da diretoria. Bem, se a ideia é o bi-rebaixamento, Duílio e sua corja estão de parabéns! Vamos analisar as ações: o que a gestão fez de certo até aqui?
Além de não contratar, a gestão alvinegra não faz o menor esforço para manter quem dá resultado, exemplo claro de Jemerson. Com tantas competições, como seguir com tão limitado elenco? Ou nos limitaremos mais uma vez ao não rebaixamento no Brasileirão?
O problema do Corinthians não é o treinador. É mudança de filosofia na gestão, em como o clube enxerga os campeonatos, sua torcida e principalmente, como gasta o dinheiro da entidade. Foram contratações no escuro que nos levaram ao abismo econômico e a impossibilidade de contratar que enfrentamos atualmente.
Perdemos na estreia (contra o Atlético-GO, por 0x1) e dentro de casa. Fica cada dia mais claro o quanto o Corinthians é dependente da torcida, da Fiel no estádio, afinal, nunca tivemos tal desempenho com as arquibancadas pulsando em Itaquera.
Hoje, me limito a torcer pela conquista dos 45 pontos e da manutenção na elite. Sonhar além disso é pedir para se frustrar
Por Mariana Alves
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