Leão Azul reverte desvantagem e levanta a taça diante de mais de 38 mil torcedores no Mangueirão
Em uma final eletrizante e repleta de emoção, o Clube do Remo sagrou-se campeão do Campeonato Paraense de 2025. Após vencer o Paysandu por 3 a 2 no jogo de ida e ser derrotado por 1 a 0 no jogo de volta deste domingo (11), a decisão foi para as penalidades e o Leão garantiu o título estadual diante de mais de 38 mil torcedores no Estádio Mangueirão, em Belém, ao vencer por 6 a 5.
Com o resultado, a equipe alcançou seu 48º título estadual, reduzindo a diferença para o rival, que possui 50 conquistas.

A decisão começou no dia 7 de maio, com o primeiro confronto entre os eternos rivais. O Remo, jogando com garra e determinação, conseguiu uma vitória por 3 a 2, revertendo a vantagem que o Paysandu havia conquistado anteriormente. Os gols do Leão foram marcados por jogadores que demonstraram grande habilidade e comprometimento, levando a torcida azulina à euforia.
No jogo de volta, realizado neste domingo (11), as equipes entraram em campo com o título em jogo. Aos 23 minutos do primeiro tempo, o Paysandu escapou por pouco de sair atrás no placar. Pedro Rocha subiu firme e testou com força na pequena área, mas Matheus Nogueira operou um verdadeiro milagre com uma defesa espetacular usando apenas uma das mãos. O lance manteve o placar zerado e deu confiança ao Papão.
Pouco depois, aos 33’, o Remo sofreu sua primeira baixa: Janderson sentiu e precisou deixar o campo. Daniel Paulista apostou em Kadu, gerando questionamentos na torcida sobre a escolha e o impacto na estrutura tática da equipe.
O segundo tempo começou com as duas equipes mantendo a formação inicial, e a intensidade permaneceu alta. Logo aos cinco minutos, Felipe Vizeu recebeu belo passe em profundidade, saiu livre diante do goleiro, mas finalizou mal, facilitando a vida de Matheus Nogueira. Na sequência, Matheus Vargas arriscou de longe e acertou o braço de Reynaldo. Após checagem do VAR, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima apontou o pênalti. Rossi foi para a cobrança e converteu, abrindo o placar para o Paysandu.
Após os 30 minutos, o ritmo caiu. Com muitos atletas sentindo o desgaste, os treinadores tentavam ajustar seus times em meio a baixas inesperadas. Aos 38’, em uma jogada individual, Adaílton invadiu a área e chutou — a bola novamente encontrou um braço rival, desta vez o de Bryan Borges. O árbitro, após nova revisão no VAR, marcou mais um pênalti. Adaílton chamou a responsabilidade, mas parou em Matheus Nogueira, que defendeu.
Com a derrota no tempo normal, o agregado foi a 3 a 3, levando a decisão para os pênaltis. A disputa foi dramática. Bryan Borges abriu para o Paysandu e marcou. Pedro Castro teve a chance de empatar, mas Nogueira defendeu. Em seguida, Benítez desperdiçou e Dodô igualou. André Lima recolocou o Papão à frente, mas Pedro Rocha respondeu na mesma moeda. Vilela marcou, e Alvariño deixou tudo igual novamente. Giovanni fez o quarto e Adaílton manteve o equilíbrio. Nas alternadas, Quintana marcou, Marcelinho empatou. A tensão foi às alturas quando Dudu Vieira errou e, na cobrança decisiva, Reynaldo balançou as redes.

Com o placar de 6 a 5 nas penalidades, o Clube do Remo encerrou um jejum e conquistou o tão sonhado 48º título estadual, quebrando o tabu diante do arquirrival.
A torcida azulina, conhecida como Fenômeno Azul, foi peça fundamental nessa conquista, apoiando o time incondicionalmente e lotando o Mangueirão em ambos os jogos da final. A festa nas arquibancadas refletiu a paixão e o orgulho dos torcedores pelo clube, que agora celebra mais um título em sua rica história.
Com o título estadual garantido, o Remo volta suas atenções para os desafios nacionais, buscando manter o bom desempenho e alcançar novos objetivos na temporada. A conquista do Parazão 2025 é um impulso significativo para o clube, que segue firme em sua trajetória de sucesso e glórias.
O Remo volta a campo nesta quarta-feira (14), contra o Vila Nova, em partida válida pela sétima rodada do Brasileirão Série B, às 19h, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão.
Por Lorena Almeida – Colunista do Clube do Remo
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