Em novo momento, Gurias Coloradas recebem o Real Brasília
Na tarde desta quinta-feira (1º), o Internacional volta a campo no Sesc Protásio Alves, em Porto Alegre, contra as Leoas do Planalto, pela oitava rodada do Brasileirão. A bola rola às 16h, e até o presente momento não tem transmissão com imagens confirmada.

As Gurias, neste momento, ocupam o 14º lugar na tabela – uma posição logo antes do Z2 – e acumula apenas 3 pontos conseguidos ao longo de sete jogos. Os pontos foram conquistados nos três únicos empates protagonizados pela equipe colorada, contra o Fluminense, o Sport e, no último jogo, contra o Grêmio. Em todas outras partidas, o Internacional saiu com a derrota – mais dolorida, o 3×0 cedido ao Bragantino em Bragança Paulista.
Depois da demissão de Jorge Barcellos, as Gurias Coloradas já precisaram enfrentar dois jogos apenas com os técnicos interinos no comando da casamata. Na derrota por 2×1 para a Ferroviária, a escalação seguiu o mesmo padrão das que Barcellos costumava fazer, desagradando boa parte da torcida. Já no Gre-Nal, a linha de 3 zagueiras proposta por David da Silva não exatamente empolgou, mas já mostrou mais personalidade.
Ainda não se sabe se o novo técnico, Maurício Salgado, estará na beira do campo na quinta-feira – por conta de regularizações necessárias em seu BID – porém, estamos na torcida para ver o velho amigo Bari trabalhando no Colorado novamente. Mesmo que as últimas temporadas não tenham sido as melhores à frente do Flamengo, sabemos a força que foi requerida para levar o Inter à conquista de três Campeonatos Gaúchos e um vice-campeonato do Brasileirão e é dela que estamos precisando agora.
Com a volta de Capelinha da suspensão pela expulsão contra a Ferrinha e sem poder contar com Julia Bianchi por conta de uma lesão no ligamento anterior cruzado (LCA), o meio campo do Inter deve ser bastante trabalhado e passar reformulações, levando em consideração a boa atuação no Gre-Nal. O time que deve entrar em campo contra as Leoas do Planalto conta com: May; Lorranny, Fefa Lacoste, Bruna Benites e Katrine; Capelinha (Jordana), Marzia e Rafa Mineira; Myka, Belén Aquino e Julieta Morales.

(Lara Vantzen/SCI)
O trio de ataque se saiu muito bem jogando junto, principalmente tendo a possibilidade de troca da centroavante pela uruguaia Clara Guell. Mesmo assim, gostaria de entender a birra em deixar que Anny Marabá e Paola entrem em campo. Rafa Mineira ainda não mostrou a que veio, porém desenrolou uma assistência para o gol de Julieta contra as Mosqueteiras. A disputa entre as laterais segue boa, principalmente do lado direito, com um leve acordo entre a torcida de que Eskerdinha mal serve para entrar no segundo tempo, quem dirá ser titular. Se Capelinha entrar como primeira volante – sem a obrigação de armar jogadas e puder se concentrar só em defender -, podemos tirar o melhor que a jogadora que completou 100 jogos com a camisa vermelha pode nos oferecer. Bruna Benites é uma ótima capitã, porém com o futebol um pouco mais lento e menos dominador que tem apresentado, precisamos pensar se ela não pode estar causando algum prejuízo na zaga, sobrecarregando a colega de posição. Testar a dupla Fefa Lacoste e Bianca Martins não deveria doer, mas aparentemente dói.
Claro que a análise que eu posso apresentar não é positiva, afinal, ela é uma construção de todos os jogos até aqui. Sete partidas sem nenhuma vitória, com o time perigando adentrar o Z2 se os dois últimos colocados acordarem no meio do campeonato é muito sintomático. Precisamos ganhar e precisamos rápido. Claramente o jogo intenso e de roubar o fôlego do adversário apresentado contra o Grêmio seria a chave para a primeira vitória, contudo, precisamos lembrar que nossas peças de reposição estão aquém das titulares. Talvez, se as reposições tivessem sido inteiras no trio de ataque, promovendo Clara Guell, Anny Marabá e Paola, a intensidade pudesse ter permanecido. Talvez, não.
De qualquer maneira, o jogo apresentado em Novo Hamburgo reacendeu a vontade que eu tenho de acompanhar e torcer por este time. Quando eu não tenho forças, minhas charruas me lembram que Porto Alegre, além de ficar geograficamente perto da casa delas, também virou um lar que elas defendem com muita garra e além do cansaço. Nada importa quando vemos a gritaria e os sorrisos de nossas Gurias defendendo sua camisa vermelha e seus 116 anos de história. Tem muito respeito envolvido.
Termino este pré mandando muitas energias para que nossas uruguaias possam surpreender a goleira Taina, que é conhecida por gostar de jogar um pouco afastada da meta, deixando cada uma um gol. A todas, mas principalmente a Aquino, Julieta e Clara, eu prometo nunca abandonar!
Por Luiza Corrêa
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