“Capaz que vou perder meu tempo assistindo esse time estressante mais uma vez!” Sim, esta frase é minha e foi dita e pensada durante todo o dia, porém, como toda trouxa (leia-se torcedora) cá estou, tentando entender a mudança súbita na disposição dos ditos jogadores.
Na noite da última terça-feira (27), o Santos enfrentou o Boca Juniors no estádio La Bombonera, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. A partida, que poderíamos dividir, literalmente, em dois tempos distintos, acabou em derrota por 2 x 0. A vingança é um peixe que se come frio!
O jogo:
Ainda sem anunciar um técnico depois da saída de Ariel Holan, o Peixe foi comandado por Marcelo Fernandes, sem alguns nomes que trouxeram paz a este pobre coração. E por incrível que pareça jogou (pelo menos os primeiros minutos) muito diferente das últimas partidas. Em campo, mais do mesmo, já que não há muito o que inventar com o elenco que tem em mãos. Parecia que depois de tantos dias de luta, os dias de glória finalmente chegariam (rindo de desespero).
Para a segunda etapa Marcelo decidiu não mexer na escalação, visto que aparentemente tudo vinha dando certo. Ou não! O gol adversário veio dois minutos depois do apito do árbitro, bola alçada na área santista é sempre prenúncio de infarto fulminante. A gente tenta defender no grito, mas o zagueiro deve ser surdo, só pode. Após cobrança de escanteio, Tevez subiu sozinho para abrir o placar.
Se o Santos do primeiro tempo quase me fez acreditar em milagres, o que voltou após o intervalo me lembrou porque não queria assistir jogo nenhum. A rua na lateral deu espaço a uma avenida no meio campo e mais uma vez fomos obrigados a presenciar o bom e velho Alvinegro, com todas as suas limitações e falhas já discutidas tantas vezes. Com 23 minutos, Villa marcou o segundo, após mais uma boa jogada de Tevez. O Santos, que até então não esboçou reação alguma, fez algumas mudanças na escalação e seguiu apagado em campo. Fim de papo, mais uma derrota na conta. A pergunta que fica é: na conta de quem, se a culpa era do técnico?
Sem tempo para chorar o desastre da noite e precisando se reerguer “para ontem”, é hora de mudar o foco. Pelo Campeonato Paulista, onde, diga-se de passagem, a situação não anda muito diferente que na Liberta, no sábado (1), o Santos enfrenta o Red Bull Bragantino fora de casa. Seguimos.
Por Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.
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