Clássico até o último suspiro


Clássico RexPa nunca é só um jogo. É suor, tensão e a certeza de que, até o último segundo, nada está decidido. E foi exatamente assim neste domingo (23), no Mangueirão. Quando o relógio já apontava para o fim, quando as vozes azulinas estavam prontas para comemorar, o grito bicolor explodiu no ar. Remo e Paysandu ficaram no 1 a 1, mas o empate teve sabor de vitória e frustração, dependendo do lado das arquibancadas.

O primeiro tempo foi truncado, recheado de disputas acirradas e chances desperdiçadas. O Paysandu dominava o jogo, mas faltava o detalhe, o toque certo, a ousadia necessária para transformar esforço em gol. A torcida fazia sua parte: empurrava, cobrava e vibrava a cada dividida.

Veio o segundo tempo, e com ele, a emoção que só um RexPa pode entregar. Aos 33 minutos, o Remo teve a grande chance. O árbitro viu pênalti e apitou sem titubear. A tensão pesou sobre o estádio. O batedor correu para a bola e, certeiro, marcou. Gol. Explosão azulina no Mangueirão. 

O tempo passava e o Paysandu parecia condenado a sair de campo derrotado, mas, ainda assim, incansável. Determinados, não desistiam. E clássico tem dessas coisas. 

Quando a vitória azulina já parecia garantida, quando os remistas já se sentiam senhores do Mangueirão, veio o castigo. Aos 50 minutos, no último lance do jogo, o Paysandu procurou e achou. Um chute de fora da área, um desvio que deslocou completamente o defensor azulino. Gol do Paysandu e um treinador que, extasiado, correu gramado adentro  para abraçar o camisa 10. Um empate arrancado no limite, fazendo valer a máxima: “só acaba quando termina”.

(Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu)

De um lado, a frustração de quem sentiu a vitória, que não vem desde 2023, escorrer pelos dedos. Do outro, a festa de quem nunca desistiu. No placar, 1 a 1. No coração da torcida, mais um clássico que fica marcado.

Por Giovanna Queiroz

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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