ESQUECEU COMO SE JOGA FUTEBOL


Fora de casa, contra um forte Fortaleza, o Colorado toma goleada e encerra o BR 2024 de forma desgostosa

Foto: Ricardo Duarte/ SC Internacional

Foto: Ricardo Duarte/ SC Internacional

No Ceará, o Internacional foi goleado pelo Fortaleza na Arena Castelão, um 3 a 0 digno do futebol mandante e da ausência de futebol do Alvirrubro, que fecha a temporada uma posição abaixo dos donos da casa.

O Colorado até chegou muito mais longe do que se esperava depois de toda a tragédia que envolveu o RS em maio, jogar longe de casa, ter familiares, estrutura, financeiro e psicológico abalados pela água que invadiu e devastou a casa de milhares de pessoas. Sacudir a poeira, limpar a lama, reconstruir e reencontrar-se não foi uma tarefa fácil e assim mesmo chegamos a uma aspiração de título.

Eu sei, tu sabes, todos nós sabemos do quanto nos superamos em meio ao grande caos, mas nós também sabemos que após a derrota para o Flamengo, lá no Rio de Janeiro, e a finalização do sonho, o Colorado perdeu-se em si mesmo. A vaga já conquistada na Libertadores, a tranquilidade de uma direta à fase de grupos, aliadas também as perdas de peças importantes do elenco principal, colocaram o time de férias mais cedo do que a gente como torcedor gostaria.

Indo ao jogo, a derrota do Colorado começou bem cedo, numa falha bizarra o arqueiro Moisés abriu o placar logo aos 7’, placar que foi tranquilamente ampliado pelos donos da casa que aos 19’ quando o mesmo Moisés ficou livre marcar o 2 a 0.

Ainda que com uma equipe recheada de desfalques, o Inter esteve bastante abaixo e teve pouquíssimo conhecimento da área de ataque, o time teve muita dificuldade de atravessar o meio de campo, não à toa os donos da casa terminaram a competição invicta dentro de casa.

Com poucas, ou quase nenhuma, chances na partida, o segundo tempo começou com um flashback. Aos 7 da etapa complementar, o FEC decretou o 3 a 0 da partida, e mesmo com as mudanças, o Internacional não encontrou caminhos para descontar o placar e quiçá empatar.

Um jogo bem amontoado, de muitos desfalques sim, de pouca produtividade que encerra uma temporada que merecia sim de uma partida mais digna na última rodada, mas honestamente muito longe de terra arrasada, terminamos o ano numa sequência de times consistentes com grande futebol e encontramos dificuldades que precisam ser vistas com entendimento das necessidades do time para 2025.

Tal qual é preciso rever posição por posição, é preciso lembrar e entender o que fez a equipe ficar 16 partidas invicta, é preciso pensar no quanto o grupo esteve, e está unido, o quanto as perdas familiares foram refletidas nas ausências consideráveis dessa reta final.

Assim, finda se a temporada 2024, temporada marcada por coisas inimagináveis talvez, de uma enchente histórica, mas também da histórica e importante chegada de Roger Machado para o lado vermelho e branco, que as lições necessárias sejam aprendidas, que os acertos sejam considerados e que 2025 nos traga ainda mais.

Por Jéssica Salini

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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