Galo perde por 3 a 1 para o Botafogo e deixa escapar a segunda final da temporada
Um sentimento inexplicável. Não é raiva, nem ódio, nem tristeza e tampouco dor. É um “trem” que o atleticano entende e infelizmente não há definição no dicionário.
A torcida merecia muito a conquista, afinal, foram muitos perrengues até chegar a Argentina. A massa alvinegra vez uma belíssima festa por todo esse mundo. Acreditamos mesmo com todos os sinais mostrando o contrário, com o elenco vindo de 10 jogos sem vencer e Gabriel Milito sem um banco de reservas. Acreditamos porque acreditar é Galo. Porque as superstições nos davam bons sinais, porque estávamos, e ainda estamos, com uma saudade absurda dessa Copa Libertadores da América.
Os sentimentos antes do jogo eram horríveis. Uma sensação de “morte”, uma ansiedade absurda, suor frio e o estômago péssimo.
A torcida merecia a taça e esse time não merece a torcida que tem. Nos meus 23 anos de Clube Atlético Mineiro, essa é uma das piores temporadas que a equipe apresentou. Duas finais e duas pipocadas incríveis, de forma inacreditável. Jogamos toda a final com um jogador a mais, mas com uma postura de covardes e com 3 zagueiros sabe-se lá o porquê.
O elenco passou a semana toda falando que era o “jogo da vida”, o jogo mais importante na carreira e dentro de campo tivemos uma pipocada dessas. Uma má vontade em jogar a maior competição que temos.
Inadmissível um time jogar só os últimos 45’! Inadmissível se ter Allan Kardec como uma fonte de esperança. Não pode terminar uma competição com o Alisson no banco, não pode ver o time não apresentar nada em campo e esperar o intervalo para mexer.
Temos muitas coisas erradas nesse time e a perda do título escancara ainda mais o péssimo planejamento que a SAF fez. Não temos banco e isso é algo que a torcida cobra a muito tempo, menos certos “amansados de TO”, que se venderam muito fácil.
O que estava ruim, infelizmente vai piorar, porque nosso destino é a “Sula” e os fracos e covardes da “SAFadeza” acham que só tem que investir no time quando se tem retorno, e não antes, para aí sim ter o retorno esperado.
Sem desmerecer os adversários, mas como dói saber que perdemos os dois títulos por enorme incompetência do elenco que entra de forma displicentes, achando que pode ganhar a qualquer momento, que vai virar o jogo na hora que quiser. Depois desses fracassos em 2024, por mim pouco me importa quem vai ou quem fica, quem ama o Galo somos nós! É a torcida! Se for para apresentar essa má vontade, é melhor seguir o caminho da roça.
Uma temporada jogada no lixo, chegamos em duas finais de Copas, mas com a campanha no Brasileirão sendo tenebrosa, ridícula, covarde e pequena. Não se pode desmerecer esse feito de chegar em duas finais, mas é nítido que o planejamento não era esse, que o foco das 4 pragas que mandam no meu time não era esse.
Já cantei a pedra várias vezes, que vendemos nossa alma muito barata por conta de um jejum no Campeonato Brasileiro, e agora estamos pagando com juros e correção monetária.
Novembro de 2024 vai ficar como um dos piores meses para todos os atleticanos, e por longos e longos e muitos longos anos.
Duas finais jogadas no lixo, duas finais que entraram como se fosse pelada de fim de ano e com gols perdidos de atacantes que não se pode perder. Os lances do fisioterapeuta Kardec na Copa do Brasil e do Varga nessa Libertadores vão nos causar pesadelos por décadas. Final trágico para uma torcida apaixonada que não merecia isso..
Apesar do mix de sentimentos, fica a ressalva para a grande partida do idoso Mariano, esse sim jogou uma final de Libertadores; Everson Felipe, que sempre merece aplausos; e para a Massa Atleticana que mais uma vez deu um show.
O Galo é nós e o amor pelo escudo também é nosso. No final de tudo somos sempre nós.
O torcedor fica apreensivo para o próximo ano, mas infelizmente ainda temos mais duas partidas pelo Brasileirão e ainda não estamos matematicamente assegurados na série A, tudo pode piorar…
O sentimento que fica é que lá dentro, isso vai ser tratado como ‘ok”, já para nós, em particular para mim, vai ser um ano difícil de ser digerido, um vazio e um sentimento que não se explica..
Sentimento, amor sincero ao alvinegro!
Por: Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo