17 ANOS DA TRAGÉDIA DA FONTE NOVA


Foto: Eduardo Martins

Há exatos 17 anos, aconteceu a maior tragédia do futebol baiano e uma das maiores do futebol brasileiro.

No dia 25 de novembro de 2007, depois de uma disputa duríssima na Série C, o Bahia lutou e conseguiu o acesso para a Série B. Na grande final contra o Vila Nova, havia cerca de 60 mil torcedores nas arquibancadas e mais 40 mil do lado de fora sem ingresso. A diretoria tricolor colocou um trio elétrico com alguns artistas e radialistas narrando o jogo. Foi uma grande festa dentro e fora da Fonte Nova.

Porém, em meio à alegria do acesso à Série B, veio a tristeza para milhares de tricolores, principalmente para as sete famílias que perderam entes queridos. Por volta dos 35’ do 2T, milhares de torcedores comemoram o empate pelo acesso, quando começou uma grande correria no anel superior, onde ficava a Torcida Organizada Bamor. A princípio, uns falaram que era alguma confusão, mas outras pessoas desesperadas falaram que a Fonte Nova estava desabando. A informação ocasionou o desespero geral e muitas pessoas foram pisoteadas e feridas. Em meio a confusão, foi confirmado que realmente uma parte da arquibancada tinha cedido e algumas pessoas caíram de uma altura de cerca de 30 metros. Três pessoas ficaram feridas e sete faleceram.

Muitos torcedores não souberam do ocorrido e continuaram as comemorações. Alguns até entraram em campo para comemorar com os jogadores, enquanto outros corriam para socorrer os feridos. Em seguida, a polícia isolou a área interna e externa do acidente e muitas ambulâncias chegaram ao mesmo tempo. Familiares já tinham chegado ao local e foi um tremendo desespero para todos, até desconhecidos ficaram arrasados e dando suporte a quem precisava. Um dia de festa que se tornou um grande luto para a Nação Tricolor e para o futebol brasileiro. Dezenas de pessoas caíram. Sete delas morreram: Márcia Santos Cruz, Jadson Celestino Araújo Silva, Milena Vasquez Palmeira, Djalma Lima Santos, Anísio Marques Neto, Midiã Andrade Santos e Joselito Lima Jr.

Foto: Jornal A Tarde

Para as famílias das vítimas, foi oferecida indenização de cerca de R$ 25 mil, além de pensão vitalícia no valor de um salário mínimo. Enquanto isso, as sete famílias enlutadas seguem na tristeza da ausência dos seus entes queridos e pela indignação da situação ser tratada com descaso.

No dia 29 de agosto de 2010, a Fonte Nova foi implodida em 18 segundos, dando um lugar a um amontoado de concreto. Uma multidão assistiu o acontecido com certo distanciamento. Naquele mesmo ambiente foi construída a Arena Fonte Nova, inaugurada em 2014 como sede para jogos da Copa do Mundo e atualmente sendo palco para diversas partidas futebolística e alguns shows.

Anualmente o Esporte Clube Bahia posta homenagem àqueles que tiveram suas vidas ceifadas: “Duas estrelas no peito e sete no céu”. Além de seus nomes cravados em um pedaço de concreto da antiga Fonte Nova que fica na entrada da atual Arena, assim como no CT Evaristo e Macedo.

Foto: Divulgação ECBahia

Meus pêsames eternos às famílias enlutadas!

Por Thamires Barbosa

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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