Galo perde e sai em desvantagem nas quartas de final da Libertadores
Alexandre Kalil nunca esteve errado ao dizer: “O Clube Atlético Mineiro não me faz bem”. Jogando em terras cariocas pelo jogo de ida das quartas de final da Libertadores, o time de Gabriel Milito saiu em desvantagem após perder por 1×0.
Jogo como esse de quarta-feira (18), é um daqueles que você consegue criticar todo mundo: elenco, técnico e até os “pés frios” que saíram de BH rumo ao Maracanã.
O esquema do Milito foi o mesmo adotado na Copa do Brasil, armar o time para se defender e levar a decisão para casa. Acontece que dessa vez não foi bem isso que aconteceu. Se a ausência de Otávio no meio de campo já era ruim, a perda repentina do Saravia na lateral só piorou as coisas. E as escolhas do técnico não foram as melhores que tínhamos.
O treinador alvinegro resolveu entrar com o Fuchs na zaga e cobrindo o lado direito, mas ele foi péssimo nos dois e até no que pensou em fazer. No meio, ele arriscou no “Exausto” Fera e aí já foi um a menos. E contando com o Bernard então, eram 9 (às vezes 8) contra 11.
A proposta do Gabi até que foi bem executada na primeira etapa. O Galo conseguiu segurar os donos da casa e ainda levou algumas chances de perigo à meta adversária, mas nada tão eficiente para fazer as redes balançarem.
Foi na volta para os últimos 45 minutos que as coisas começaram a desandar. Principalmente quando saiu Gustavo Scarpa para a entrada de Brahian Palácios. Em um jogo de mata-mata você não tira uma das peças principais do time. O meio-campo do Atlético já estava de chorar e com a ausência do Scarpa, as coisas só pioraram.
A partida já se encaminhava para o final com aquele empate não tão desejado, mas que servia por ser um jogo fora de casa, até que a bola puniu e o adversário marcou num lance bizarro de erros do sistema defensivo.
Há tempos que eu não falava, mas é sempre bom lembrar que vendemos nossa alma muito barata para a família dos 4R’s e hoje em dia a torcida paga o pato disso tudo.
Claro que sobram críticas ao Milito e a derrota desse jogo vai na conta dele. É óbvio que os gols perdidos do Paulinho chegam a ser algo irritante. Ele precisa comer um banquinho para treinar finalizações! Mas a culpa maior vai para quem manda no dinheiro e prefere ter uma preparação “pobre” de elenco. Eles preferem não contratar e ter na lateral um jogador com histórico grande de lesões e outro com 38 anos que precisa urgentemente se aposentar.
No meio, você tem jogadores que não armam jogadas, nem são bons em roubadas de bola, estão ali por nome ou preferência de treinador. No ataque, é Hulk isolado e o Paulinho brincando e abusando de perder gols.
Hoje, o Atlético não tem jogadores que decidem no 1×1, que tentam um algo a mais, uma jogada diferente. É sempre o mesmo repertório. Aquele Militismo encantador acabou, e ninguém sabe (ou quer) explicar o porquê acabou.
Temos totais chances de virar. O torcedor atleticano já nasce com esse sentimento de acreditar até o último minuto. Principalmente porque vamos jogar na nossa casa, diante nossa torcida.
Mas essa postura precisa mudar! Vamos ter que parar com esse futebol que não propõe jogo e ir para cima buscando resolver nossa história o mais rápido possível.
Um triunfo simples leva para os pênaltis, mas se for por 2 gols de diferença já classifica direito. Futebol o time tem, só falta praticar. Para não falar que o jogo todo foi só lamentações, o destaque alvinegro vai para a torcida que calou o adversário. Pelo visto a JBL está sendo além da Arena.
O time volta a campo neste domingo (22), na Arena MRV, às 16h, diante do Bragantino pelo Brasileirão.
Sentimento, amor sincero ao alvinegro!
Por Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.