ACRÉSCIMO ATÉ A ESPANHA EMPATAR? AQUI NÃO!


Jogando com muita garra, a Seleção Brasileira Feminina buscou e conseguiu a vaga na final olímpica após 16 anos fora

Senhoras e senhores, “habemus” medalha! Na tarde desta terça-feira (6), o Brasil não só venceu, mas deu um baile na Espanha. A classificação para a grande final veio embalada num placar de 4 a 2, que deveria ter sido 4 a 1 se a juíza não tivesse dado acréscimos infinitos. A medalha já está garantida, só falta saber qual nossas mulheres irão trazer.

Apesar da fala de mal perdedora de Jenni Hermoso, as brasileiras jogaram futebol e jogaram muito, e o placar só não foi mais elástico porque a ansiedade atrapalhou algumas boas finalizações. Enquanto a espanhola chora sua derrota, nós brasileiros já contamos com mais uma medalha, e que venha o ouro, para coroar a garra, esforço e superação deste elenco.

A atacante Priscila deu o recado para Cata Coll após falha no primeiro gol. Marcio Machado/Eurasia Sport Images/Getty Images

O JOGO

A passagem pela França foi difícil, placar magro, cansaço, acréscimo até não querer mais. No entanto, diante da Espanha o Brasil mostrou um futebol raçudo, brigador e insistente. Foi de longe a melhor atuação brasileira nas Olimpíadas. A Seleção Canarinha dominou o confronto de ponta a ponta, e aos 5 minutos o placar foi aberto. O Brasil pressionou e bagunçou a defesa adversária, que se atrapalhou e marcou contra. Portilho, que assumiu o comando do ataque, levou perigo à defesa adversária aos 9’, com um chute que saiu por cima do gol.

Óbvio que as espanholas tentaram chegar, mas pouco assustaram. As brasileiras simplesmente ditaram o ritmo do jogo, aos 20’, Ludmila tentou um chute cruzado, mas parou na defesa de Cata Coll. Em seguida foi a vez de Portilho tentar a finalização, porém foi desarmada antes de concluir a jogada. Priscila recebeu na área e chutou, infelizmente em cima da zaga. As adversárias tentaram responder com Hermoso, só que do lado verde e amarelo tem a muralha chamada Lorena, não passa nada. Com muita insistência, o Brasil ampliou a vantagem aos 48 minutos, Yasmin cruzou e Portilho pegou de primeira, mandando no canto esquerdo de Cata Coll e balançando as redes. Um placar confortável para ir para o intervalo.

A etapa final começou agitada, Gabi Portilho teve uma belíssima chance e mandou para fora. Priscila arriscou em seguida, de fora da área, porém, a bola saiu à esquerda do gol. Logo depois, Ludmila deu  um chute venenoso e colocou a goleira espanhola para trabalhar. Após cobrança de escanteio, o Brasil teve mais uma vez a chance do terceiro, mas Jennifer não conseguiu alcançar a bola que passou sozinha na frente do gol. Tudo isso com apenas 7 minutos do reinício da partida.

A garra e persistência brasileira foram compensadas aos 25’, Priscila arrancou em contra-ataque e achou Adriana, que primeiro acertou o travessão para depois colocar a bola para dormir no fundo das redes. A Espanha conseguiu diminuir o prejuízo aos 39’, com gol contra de Duda Sampaio, no bate-rebate dentro da área a bola acabou desviando na camisa 5 antes de entrar.

O Brasil não se abalou nadinha com o tento espanhol, já que Lorena seguiu fechando o gol e Kerolin aumentou a vantagem verde e amarela aos 45 minutos. A camisa 7 chegou livre e mandou no meio das pernas de Cata Coll. Virou passeio brasileiro. E aí vieram os acréscimos: fucking 15 minutos em um jogo que praticamente não teve paralisações. E lá vão as jogadoras ativar o modo super saiyajin para segurar a vitória. Com absurdos 56 minutos a Espanha ainda conseguiu marcar mais um gol, mas a vaga já tinha dona: a Seleção Brasileira. O apito final veio somente aos 62’, além dos 15’ acrescidos, e com ele a confirmação de o Brasil está de volta à uma final olímpica após longos 16 anos.

Elenco e delegação brasileira comemoram a classificação no vestiário. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

A classificação já garante ao Brasil uma medalha, mas vamos em busca do ouro. Marta merece se despedir como campeã olímpica. As atletas como únicas representantes do futebol nas Olímpiadas merecem o lugar mais alto do pódio.

A decisão acontece neste sábado (10), às 12h ( de Brasília), diante dos Estados Unidos. É hora de vestir a armadura para encarar o desafio em busca do ouro.

JUNTAS PELA MEDALHA, VAI BRASIL!

Por Vânia Souza

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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