É SOBRE PATERNIDADE


O sentimento gre-NAL segue sendo difícil de se explicar, mas a hegemonia no clássico é clara há quase 80 anos

Foto: Ricardo Duarte/ SC Internacional 

Dizem que para tudo há uma primeira vez e na tarde deste sábado (22), Grêmio e Inter escreveram a página do primeiro clássico gre-NAL fora do estado do Rio Grande do Sul, no Estádio Couto Pereira. O time gremista escolheu sediar suas partidas no local, mas o Colorado venceu o clássico 442 e carimbou mais um selo de superioridade sobre o rival. 

O lado de lá passou a semana toda ressaltando as semelhanças entre o estádio do Coritiba e o antigo Olímpico. No entanto, parece que quem fala muito pouco se lembra de quem mais bailava na Azenha e o Inter de Eduardo Coudet fez lembrar-se. 

O jogo foi de escalações que mesmo com suas limitações, com ausências e sacrifícios fazia a expectativa de muitas chegadas ao gol serem alta; bobagem! Os dois times em um modo faceirinho de ser, se embolaram no meio campo num vasto perde e ganha pelo menos nos quinze primeiros minutos. Muito toma lá dá cá e pouquíssimo serviço aos goleiros, que foram mais espectadores de luxo do que qualquer outra coisa. 

As raras vezes em que um dos times conseguiu fugir dos embates ali pelo meio do campo travou na falta de qualidade de si mesmo mais do que qualquer coisa. Houveram lances sofríveis, cheios de tensão e pouca técnica, ambos os times foram arrastando o tempo sem muita criatividade. 

No retorno, com o tempo apertando, o Colorado iniciou buscando mais e já no primeiro minuto um lance que quase acabou em gol contra do lado tricolor, seria um sinal?

A primeira chance honesta de gol saiu aos 6 minutos da etapa complementar. A zaga Colorada bobeou e Gustavo Nunes saiu frente ao goleiro Fabrício, que foi certeiro na defesa e salvou o Internacional. 

Aos 12 minutos, Coudet sacou Lucas Alario e Bruno Henrique para as entradas de Lucca e Charles Aranguiz, mas não era o dia de sorte do menino. Seis minutos mais tarde, Lucca foi atingido em demasia e precisou deixar o campo para a entrada de outro garoto, Gustavo Prado.

Já aos 19 do segundo tempo, Alan Patrick, que andava bastante sumido de jogo, mostrou porque é chamado de mago.  Da cartola tirou habilidade e toda a capacidade do marcador de acompanhá-lo, alçou a bola para o meio da área e encontrou Vitão livre. Na cabeçada do zagueiro e bate e rebate, não houve defesa e o Colorado se pôs à frente no placar. 

Foto: Ricardo Duarte/ SC Internacional 

Com menos a perder, o time “da casa” se lançou mais em busca do resultado e Chacho por sua vez decidiu que era chegada a hora de “la retranca”. Assim, o Coudet “sem repertório” estacionou um caminhão inteiro à frente da defesa e ainda que ela ainda que tenha visto os atacantes gremistas escaparem por uma ou duas vezes da marcação, pôde contar com a completa inabilidade dos mesmos. Se a bola ainda estivesse rolando, eu digo com total tranquilidade, o Grêmio não teria sido capaz de marcar esta tarde. 

O Clube do Povo venceu, o Colorado deu ao seu torcedor ainda que com grandes ausências, com viagens longas, com calendário apertado, uma semana de performances nada grandiosas, mas de vitórias deliciosas. Assim, terminou a noite de sábado no pelotão da frente, enquanto pode ver lá no fim da tabela dois arquirrivais que prometem bastante entretenimento em busca de uma vaga à Série B 2025.

Por Jéssica Salini

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


Deixe um comentário

Veja Também:

Faça o login

Cadastre-se