Mesmo com João Neto dando a vitória ao CRB no tempo normal, o time é derrotado nos pênaltis, ficando com o vice-campeonato na Lampions
Saudações Regatianas
O dia 9 de junho de 2024 definitivamente vai ficar marcado na história do Clube de Regatas Brasil. Chegar a uma final de Copa do Nordeste, um torneio de uma importância ímpar, não é para qualquer um.
Uma final inédita, entre CRB e Fortaleza, foi protagonizada no gramado do Estádio Rei Pelé. A Orelhuda infelizmente não ficará em Maceió, pois mesmo depois de vencer lindamente no tempo normal por 2×0, foi com pesar que vimos o Glorioso Alvirrubro ser derrotado nos pênaltis por 4×5.
Diante de 17.762 pessoas, o CRB mostrou toda a sua força, sua determinação, garra e poder de reação depois de um revés. O Clube de Regatas Brasil mostrou toda a sua grandeza e mesmo amargando o vice-campeonato, as minhas lágrimas são de alegria e orgulho de ter visto meu poderoso Galo disputando uma final de Lampions, de igual para igual contra o adversário.
Vamos falar do jogo…
O primeiro tempo foi de muito nervosismo, até mesmo da torcida. Dentro de campo, cartões foram distribuídos a rodo, inclusive para nosso técnico Daniel Paulista.
Com pouco mais de 20 minutos de bola rolando, Anselmo Ramon teve oportunidade de abrir o placar no Trapichão, mas isolou a bola.
O Fortaleza deu alguns sustos no CRB, primeiro com Pikachu, que cobrou falta e Matheus Albino defendeu muitíssimo bem, e depois com Lucero, que passou como quis por Gustavo Henrique (sangrou os olhos ao ver aquilo), e ele conseguiu fazer a finalização. O gol só não foi marcado porque Fábio Alemão tirou quase em cima da linha.
Antes do intervalo, o Galo ainda teve pelo menos mais duas oportunidades para chegar perto da meta do time Tricolor, mas não obteve sucesso.
Ainda faltavam 45 minutos para o Galo correr atrás de reverter o resultado do primeiro jogo e, definitivamente, as emoções estavam reservadas para a etapa complementar da partida.
Foi aos 20 minutos que o CRB desencantou, conseguindo marcar o gol. Depois de cobrança de escanteio, a redonda sobrou para o menino João Neto fuzilar para o fundo da rede, abrindo o marcador no Trapichão e levando a massa Regatiana à loucura!
Com a torcida cantando sem parar e fazendo festa na arquibancada, foi questão de tempo para o segundo gol Regatiano ser marcado: perto do apito final, Matheus Ribeiro resolveu arriscar o chute, que teve um desvio e sobrou novamente para João Neto, que mandou um foguete para o gol, marcando assim o segundo gol do Regatas.
Com a vitória no tempo normal por 2×0, o campeão da Copa do Nordeste seria decidido nas cobranças de pênaltis, visto que no placar agregado, ficou CRB 2×2 Fortaleza.
Os pênaltis…
Que calvário. Não desejo isso a ninguém!
Cobranças de pênaltis é para testar a função cardíaca da gente e se o coração não estiver em plenas condições de saúde, o cabra morre ali mesmo.
Foi o Galo que começou cobrando as penalidades máximas e o escolhido para abrir as cobranças foi Anselmo Ramon. Justamente ele desperdiçou o pênalti. Depois disso, os times foram marcando seus gols, mas o Fortaleza marcou o quinto, decretando a derrota Regatiana por 4×5.
Fala Professor
Daniel Paulista, em entrevista coletiva, valorizou e muito o desempenho do time na final:
“Claro que estamos chateados por não conquistar a competição, mas acho que o CRB deixou o seu torcedor e a todos nós muito orgulhosos do que ele fez hoje à noite. Enfrentou uma grande equipe e foi muito superior. Jogou uma decisão de forma absoluta. Não era o nosso dia, não era pra nós conquistarmos. Mas acho que a gente sai daqui moralmente muito fortalecido pelo que fez na competição e, acima de tudo, hoje”.
Eu como torcedora, se disser que não estou frustrada, estarei mentindo. Doeu demais ver o time chegar a uma final e ser derrotado, justamente nos pênaltis. Estou triste sim, mas extremamente orgulhosa de ter acompanhado o CRB fazer uma campanha esplendorosa na Copa do Nordeste.
Quando o time chegou a final pela primeira vez, eu tinha apenas 4 anos de idade… trinta anos se passaram e hoje eu, com 34 anos, chorei, quase infartei, fiz promessa, mas aplaudi meu time com todo amor e orgulho do mundo, pois não é todo dia que se vê o CRB em uma final de competição regional.
Orgulho me define e vou continuar usando as cores vermelho e Branco por toda a minha vida e por onde eu for, todos vão me ver com o manto sagrado do meu Glorioso Clube de Regatas Brasil!
Parabéns CRB pela campanha incrível!
Por Adriene Domingos, Regatiana Apaixonada.
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo
*Trecho da entrevista retirado do GE.