Para quem torceu pela gente, obrigado! E para quem torceu contra, valeu
Finalmente, o charmoso Gauchão atingiu o ápice com sua aguardada final. Sob o sol radiante e o céu azul da capital Gaúcha, os finalistas foram calorosamente recebidos para a grande final do duelo estadual, com o estádio lotado por mais de 54 mil torcedores.
Em um confronto entre capital e serra, o Grêmio buscava seu heptacampeonato e o Juventude o seu segundo título estadual. No fim, mais uma vez, a supremacia Tricolor se fez presente, com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense erguendo sua sétima taça após vencer a partida pelo placar de 3 a 1.
A taça do estadual permanecerá em mãos Tricolores. Apesar das interferências e especulações, até mesmo de um time da cidade que se considerava campeão, os secadores de plantão foram obrigados a testemunhar o time de Renato Portaluppi alcançar a glória do campeonato almejado pela diretoria do time de “milhões”. Com um elenco de contratações pontuais, até mesmo contestadas, o Imortal Tricolor provou que determinação, estratégia e trabalho em equipe são os verdadeiros pilares da vitória no futebol.
A celebração do título demonstrou que, em campo, o que realmente importa é o talento e a dedicação dos jogadores, e isso ficou evidente durante a coletiva de Portaluppi quando o técnico citou uma fala com os jogadores na preleção:
“Eles tinham duas opções: abraçar sua família e ver os torcedores com sorriso na cara ou lágrimas”.
A conquista do campeonato não é apenas motivo de comemoração pela taça levantada, mas também pela história que se construiu, do time que superou as dificuldades e as críticas, realizou uma bela trajetória em 16 partidas – foram apenas 2 derrotas, 3 empates e 11 vitórias. Em 2024, o Imortal se consagrou heptacampeão pela segunda vez, após 56 anos de espera. Além disso, Renato Portaluppi, com suas 10 conquistas pelo clube, alcançou um feito extraordinário ao igualar Oswaldo Rolla, o lendário Foguinho, como o treinador mais vitorioso da história do clube.
Como a primeira partida da final resultou em um empate, o jogo de volta a grande final estava totalmente aberto. O início do primeiro tempo foi marcado por intensidade, e logo nos primeiros minutos, o Juventude aproveitou a sua primeira oportunidade de gol, com Gilberto abrindo o placar. Após esse gol inicial, o jogo se tornou ainda mais frenético, com o Grêmio buscando espaço na defesa bem organizada do time de Caxias, o que dificultava as investidas gremistas com interceptações precisas.
No entanto, a história da partida começou a mudar aos 41 minutos, quando um cruzamento de Pavón desviou em um jogador adversário e sobrou para Cristaldo, que finalizou com maestria, igualando o placar na Arena: Grêmio 1 x 1 Juventude.
O estádio veio abaixo de alegria com o gol de empate, e essa alegria se intensificou ainda mais dois minutos depois, quando em um contra-ataque a bola chegou até Diego Costa, que disparou um chute de fora da área direto para as redes do time de Caxias, colocando o Grêmio em vantagem: Grêmio 2 x 1 Juventude.
A etapa complementar começou com uma intensidade um pouco mais baixa, embora ambas as equipes ainda estivessem buscando a vitória. Enquanto o Juventude tentava o empate sem sucesso, o Grêmio pretendia ampliar sua vantagem. Aos 19’, o Imortal teve um pênalti marcado a seu favor em campo, mas que foi posteriormente anulado pelo VAR.
Se o time da casa levava perigo com Cristaldo, a equipe visitante arriscava com Mandaca. No entanto, como se o destino já estava traçado, no finalzinho, aos 41’, o gol do título surgiu: após receber a bola de Diego Costa, Nathan Fernandes colocou a bola no fundo das redes, marcando o último gol da partida. Grêmio 3 x 1 Juventude. O Imortal conquistou mais um título para sua gloriosa história, o 43º da competição, e foi unindo o passado e o presente que o Grêmio levantou mais taça com auxílio de João Severiano, atleta do Grêmio no hepta de 1968.
Que dia, que momento para ficar na memória de milhões de torcedores Tricolores no mundo todo, crianças, adolescentes, adultos e idosos, que puderam presenciar o Grêmio de Renato Portaluppi levantando mais uma merecida taça, aquela que consagra novamente o “Rei do Sul do País”, o melhor time do Rio Grande do Sul. Alegria, emoção e sentimento que não tem como explicar, apenas sentir e viver plenamente, e só quem tem a alma e o sangue azul sente e vive essa loucura, esse amor. Sentimento este que nos orgulha de sermos Gremistas!
É espetacular presenciar torcedores do interior, de outros estados, chegando de ônibus, vans e carros, em excursões e até mesmo famílias inteiras, que viajam quilômetros para estar presentes na Arena, para fortalecer ainda mais a força e acrescentar na festa da Nação Tricolor, com calor humano, vibração e muita energia positiva.
Com o Rio Grande do Sul pintado de azul, agora os olhos se voltam ao continente, pois na terça-feira (9), pela segunda rodada da Copa Libertadores, o Grêmio receberá em seu primeiro jogo em casa o Huachipato, às 19h.
Por Noara Tainá e Marcy Dutra
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo