Galo empata em casa por 2×2 e decisão fica para a próxima semana
Inacreditável Futebol Clube. Juro que me faltam palavras para descrever esse jogo e todas as outras que eu queria falar vão ser censuradas.
Neste sábado, na ida da final do Campeonato Mineiro contra os cara de azul na Arena MRV, o Galo ficou no empate diante da sua torcida. Com a estreia de Gabriel Milito, a esperança era de finalmente vencer um clássico em casa. No entanto, o que ganhamos foi um empate por 2×2, aos 50’ do segundo tempo, e um gosto amargo de derrota.
A torcida como sempre fez sua parte, festa na bancada, mosaico, bandeira das organizadas dentro de campo. Um “trem” belíssimo de se vê e que só o lado alvinegro sabe fazer. Na beirada do campo, graças aos céus, um novo treinador, Gabriel Milito veio com boas entrevistas e mandou a campo um time modificado, um esquema de 3 zagueiros que funcionou muito bem, pena que só na primeira etapa.
Os primeiros 45’ mais acréscimos do Galo em campo iludiu a torcida em três gerações. Parecia até aquele Barcelona de Pep Guardiola com Messi e companhia. O time não deixou o outro lado respirar, pressionava no ataque, estavam mestres na defesa e um leão no meio de campo.
As primeiras e todas oportunidades no primeiro tempo foram nossas, e logo aos 8’, Bruno Fuchs deixou os marcadores na saudade, deu uma belíssima caneta em um dito cujo que nem a torcida sabe o nome e abriu o placar com um baita golaço; até oriento você a ir dá um olhada no gol do meu zagueiro!
Te garanto que todo torcedor alvinegro concordaria em terminar o jogo naquele instante, finalmente marcamos um gol na nossa casa em clássico e estávamos vencendo, que sonho. Mas o Galo queria mais, muito mais, brincou de errar gols, principalmente com Paulinho, que errou uns 3 difíceis, uns 10 sozinho e 20 cara a cara com o goleiro.
A pressão atleticana funcionou tanto, que aos 26’ veio o segundo gol. E aí, meus amigos, é sempre ele, o grande e incrível Hulk. Em um belíssimo contra-ataque, o craque deixou dois de azul na saudade, tirou do Cabral e só correu para a galera.
O primeiro tempo do Atlético com só uma semana de treinamento com o Milito parecia até um sonho, time jogando bem, ganhando, não dando espaços para o adversário respirar, finalmente a primeira boa partida do time na temporada. Pena, que veio o segundo tempo.
Até poderia soltar o famoso “quem não faz, leva”, mas todo amante de futebol já ouviu a seguinte frase: “o lado ruim de ter uma pereba no time, é que uma hora ele vai estar entre os titulares”. E essa frase se aplica perfeitamente ao falso zagueiro Jemerson.
Não sei porque ele não dá uma voltinha em dia de clássico e assiste de casa ou até mesmo jogando em outro time, é o segundo jogo na Arena que o abençoado faz um gol contra e que compromete o resultado. Fazer gol a favor de quem paga o salário? Não. Balançar as redes para os caras de azul? É só marcar o dia e horário que Jemerson estará nas trincheiras.
Logo no início do segundo tempo, o time de azul diminuiu o marcador com o dito cujo citado acima. A vantagem era nossa, a torcida é nossa e a casa é nossa, era só Hulk e companhia manter o ritmo do primeiro tempo, era apenas isso, mas parece que é pedir demais.
O Galo abdicou do jogo e pessimamente tentou segurar o placar, já não atacava, levava susto a todo momento e o meio de campo que eu disse que estava um leão no primeiro tempo, virou um gatinho no segundo. Foi um show de horrores acompanhar os últimos 45’ do Atlético, parecia até o futebol praticado pelo falso ex-treinador.
O fraco e perdido juiz deu 7’ de acréscimos e o frágil e pipoqueiro elenco que não sabe jogar clássico e nem segurar o resultado, levou o empate aos 50’ do segundo tempo. Ódio, raiva e depressão. Um empate com gosto de derrota, um time que fez dois tempos distintos e agora tem a obrigação de vencer lá na casa da Minas Arena.
Terceiro jogo na Arena MRV que os mesmo 11 titulares pipocaram de uma forma surreal e sem explicação. Depois que o adversário conheceu a série B, o Atlético nunca mais entrou em campo levando o jogo na seriedade que deve ser, sempre acham que vão resolver a partida quando quiser porque do outro lado tem 11 pessoas que ninguém nem sabe o nome.
Displicência de um elenco que sabe a importância de um clássico em Minas Gerais, que sabe que independente do que vale. Clássico é clássico e se ganha em campo, não com frases de efeito pré-jogo ou a mesma ladainha pós-jogo que estamos cansados de ouvir.
Já passou da hora desse elenco levar a partida na importância que ela é, pois é vexatório e vergonhoso 3 clássicos na nossa casa e NENHUM triunfo.
Ao Gabriel Milito, belíssima estreia com postura à beira de campo e escalação, ainda vai aprender que Edenilson e Jemerson não têm nem que ser relacionados. Pena que 11 pipoqueiros resolveram estragar a grande festa da torcida e a estreia do “Militante”. No meio de todo esse caos e todos entrarem na fila dos pipoqueiros, grande partida do Bataglia, do velho Mariano, grandiosa volta de Mati Zaracho e o Hulk é chover no molhado, grande homem.
O jogo de volta é no próximo domingo (7), às 15h30, no Gigante da Pampulha. Qualquer triunfo e o penta é nosso, qualquer empate o título volta para o lado azul depois de 4 anos. Se manter a postura do primeiro tempo, temos grandes chances de levantar o caneco. Se for manter a postura de pipoqueiros é melhor perder por WO mesmo. Assim, poupa a torcida da raiva.
Sentimento, amor sincero ao alvinegro!
Por: Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo