Saudações, torcida vascaína!
Alguém roubou o futebol do Gigante da Colina e estamos vivendo um replay de 2023 (época Barbieri). Perfeito que o time não perdeu a invencibilidade que carrega há alguns jogos, mas a maneira de jogar causa arrepios.
O Vasco da Gama enfrentou o Nova Iguaçu, em duelo válido pela ida da semifinal do Carioca 2024, e ficou no empate pelo placar de 1 a 1, no Maracanã.
SOBRE O JOGO
Do nada, Ramón Díaz achou uma boa ideia promover a estreia do atacante Clayton. O novo reforço do Vasco da Gama não foi mal, longe disso, o atleta teve a melhor atuação entre os titulares na etapa inicial e criou boas chances. No entanto, o que chamou a atenção foi a insistência no esquema com três zagueiros, que não funcionou, mais uma vez.
Com o baixo desempenho do Vasco, o Nova Iguaçu, que é bem treinado, fez a festa. O adversário dominou a primeira etapa, bagunçou a defesa vascaína e só não foi para o intervalo em vantagem porque Léo Jardim impediu.
No segundo tempo, Ramón Díaz promoveu três alterações, mas o bendito esquema com três zagueiros permaneceu. Com isso, o futebol continuou medíocre e o Nova Iguaçu aproveitou para abrir o placar no Maracanã, em um lance para lá de duvidoso. Assim, após o bandeirinha indicar impedimento, o VAR analisou por uma eternidade, traçou uma linha horrível e deu gol legal.
Em desvantagem, o técnico vascaíno percebeu o erro e tirou um dos zagueiros para a entrada de Adson. O time melhorou nitidamente, em comparação ao que estava, acertou a trave do adversário e já na reta final, Piton (o salvador) deixou tudo igual no Maracanã.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Eu vou dar um voto de confiança ao técnico Ramón Diaz e acreditar que o problema era realmente o desgaste, mesmo sabendo que o Vasco joga mal não é de hoje. Na minha opinião, esse esquema com três zagueiros não dá mais e já passou da hora de abandonar.
Um ponto positivo, a estreia de Clayton, que pelo visto será útil para o time. Por outro lado, a questão emocional dos atletas é para ligar o sinal de alerta. Contra o Água Santa, João Victor foi expulso por desentendimento com o adversário. Já diante do Nova Iguaçu, outras brigas, com vermelho para Mateus Cocão. É inadmissível o Gigante da Colina cair na pilha dos seus oponentes.
Por Aniele Lacerda
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo