Corinthians luta, bombardeia a Ponte, mas sai derrotado de Itaquera. O resultado complica a vida da equipe no Paulistão
Futebol não é só jogado, é sorte, é inexplicável. E em um dos capítulos que facilmente pode ser chamado de “Inacreditável F.C”, a bola teimou, teimou e não balançou as redes da Ponte Preta, mesmo com o bombardeio Corinthiano. Derrota amarga por 1 a 0, mas com a certeza de que sob o comando de António Oliveira, o Corinthians se reencontrou, reencontrou a raça que a Fiel tanto pede.
Foi um jogo atípico, não há outras palavras. Durante 90 minutos tivemos amplo domínio dos corinthianos, diante de um adversário que se resumiu a defesa. A trave,a boa marcação e, sobretudo, o goleiro Pedro Rocha foram os principais responsáveis pelo placar final.
O Corinthians desde que sofreu o revés no início da primeira etapa, em uma falha de Carlos Miguel que espalmou para dentro da área, não diminuiu o ritmo e abafou a Macaca. Foram 26 finalizações, mas a bola não entrou. Não era o nosso dia.
Na segunda etapa, só deu Corinthians, mas seguiu brilhando a estrela do goleiro Pedro Rocha. Antonio Oliveira mudou, invertou jogadores, colocou o Timão todo no ataque e NADA! A bola simplesmente não entrava. Yuri Alberto, Garro, Maycon, Biro, Mosquito, todos bombardearam a meta campineira em chances inacreditáveis, mas a redonda se recusava a entrar. Na última chance, Félix Torres parou na trave…é não era o nosso dia.
Na coletiva pós jogo, Antônio Oliveira fez questão de ressaltar a entrega do time:
“Há dias como costumamos dizer que poderíamos ficar aqui o dia todo que dificilmente iríamos marcar. Mas há de ressaltar que independentemente de estarmos tristes pela derrota, a análise que se faz é no número de gols marcados e sofridos. Nessa justificativa, o adversário foi melhor que nós. Apesar de eu já ter dito aos meus jogadores, dei os parabéns não pelo resultado, mas pela entrega. Eu pedi a eles para dar tudo e eles entregaram-se de corpo e alma a esta causa. Fizeram tudo e mais alguma coisa em uma sequência de jogos que tem sido dura”, disse.
Ainda sobre o Paulistão, o Português deixou claro que a equipe não desistiu, mas sabe que trabalhamos contra o tempo:
“Eu sempre disse que nós andamos contra o relógio, é evidente que foram por culpa dos jogadores, que alimentaram novamente esse sonho de classificação. Quando cheguei falava-se de outro tipo de situação que era o rebaixamento e portanto repare que o futebol é fértil e por isso que é apaixonante. Muda rapidamente de frustração para a euforia. (…) Aqui não vamos desistir, vamos continuar a trabalhar, precisamos crescer muito coletivamente e individualmente. Foram poucos treinos, porque a recuperação é importante, mas o rendimento me deixa satisfeito e com uma confiança enorme no futuro”, completou o português.
Agora a situação se complicou, não dependemos apenas de nós, mas sim de uma combinação de resultados. A Inter de Limeira, que tem um jogo a menos, em caso de vitória pode nos eliminar já nesta quarta-feira.
Verdade seja dita, ser eliminado no Paulistão não será de todo ruim. Pagamos um preço de escolhas ruins das gestões passadas e vivemos a retomada com Antônio Oliveira. Por isso, ter tempo para treinar e focar na preparação para a Copa do Brasil será fundamental.
Por Mariana Alves
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo