Após sair perdendo por 2 a 0, mesmo com 2 atletas a menos, Corinthians arranca o empate por 2 a 2 do rival da Barra Funda
Certo dia Sócrates declarou: “O Corinthians não é só um time e uma torcida. É um estado de espírito”. E hoje, dia 19 de fevereiro, data em que o ídolo completaria 70 anos, esta frase faz ainda mais sentido, afinal, como explicar o que sentimos após um Derbi em que reafirmamos nosso amor e devoção ao alvinegro? Um jogo de fé, do improvável, de Corinthians! Com 9 jogadores, zagueiro improvisado no gol e perdendo por 2 a 0, o Coringão foi na raça buscar o empate diante do arquirrival. É, não se explica o que é o Corinthians, se vive!
A ficha ainda não caiu. Esta é a verdade. Toda vez que penso no jogo, lembro da incredulidade quando a bola de Garro morreu na rede. Lembro de como Weverton não acreditou e tirou a mão e dos comentários dos “estudiosos do futebol” sobre como já estava tudo perdido. Mas o jogo só acaba quando termina! E assim, tivemos um jogo do que mais a Fiel pede: raça, amor à camisa,entrega e fé!
O Corinthians não jogou bem, tanto no coletivo quanto na parte individual. Sofremos com a péssima partida de Felix Torres, Cássio, Wesley, Caetano e muitos outros. Não à toa sofremos o primeiro gol em um erro de saída de bola, completado por falha do camisa 12. E poderia ter sido pior…
No segundo tempo, Antônio Oliveira promoveu a estreia de Matheus França, que substituiu Fagner. Nada mudou. Mal, o Corinthians levou o segundo, primeiro com Marcos Rocha, mas o lance foi anulado por impedimento, depois com Flaco López, que largou a zaga alvinegra na saudade.
Com 2 a 0 no placar e um time morto em campo, assistir o jogo se tornou uma tortura. O desespero bateu, mas Fiel torcedor, que é Fiel torcedor, segue firme até o fim, seja qual for o resultado.
Vindo do banco, Gustavo Mosquito cruzou para Yuri Alberto marcar seu terceiro gol consecutivo. Era o gol da esperança, de fazer as contas e dizer: ainda dá. No entanto, em meio a esperança veio mais um balde d’água fria. Cássio acabou expulso por falta em Rony, e sem poder fazer mais substituições, o zagueiro Gustavo Henrique foi para o gol.
Mais desespero, sufoco.
Yuri Alberto, que havia se oferecido para ir para o gol, sofreu falta duríssima de Murilo. Costela quebrada. Omissão da arbitragem. Menos um atleta em campo. Corinthians com 9.
Dali em diante eu só pensava: que não venha o vexame. Mas não é que veio o milagre? Falta para o Corinthians. De longe. Garro na bola, bola no ângulo e… PQP, GOL DO CORINTHIANS! GOOOOOL. QUEM NÃO FICOU MALUCO, MORREU POR DENTRO.
O rival quase marcou outro. Gustavo ia levando um frango, mas Raniele afastou o perigo. Ufa!
O improvável, a loucura: isso é Corinthians!
Não foi um jogo bom, eu sei, mas não é hora de cornetar. De uma equipe candidata ao rebaixamento, renascemos! E temos muito a evoluir, e assim poderemos voltar a sonhar!
Acredita Fiel! Vai Corinthians!
Por Mariana Alves
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo a