2023 chega ao fim e a torcida que canta e vibra colecionou muitas emoções
Mais um ano que se vai, mais uma temporada que ficou para trás e já começamos a sentir saudades dos dias sem futebol. O Palmeiras fecha o ano com 11 títulos conquistados, entre o time profissional e a base, mas infelizmente a equipe feminina não gritou “é campeão”, esperamos e torcemos para que isso mude em 2024.
O Verdão iniciou o ano defendendo o título da Copinha, garantindo o bicampeonato. Já a equipa de Abel Ferreira abriu a temporada levantando o inédito caneco da Supercopa, diante do Flamengo, em um jogo eletrizante, que terminou com o placar de 4 a 3. O time profissional também levou o bicampeonato do Paulistão, goleando o Água Santa por 4 a 0 na última partida. Uma conquista especial, já que a taça foi em homenagem ao Rei Pelé e tem uma coroa, tributo que ficará na galeria do Palmeiras.
A base palestrina mostrou mais uma vez que vem forte e vencedora, levantou taça no Brasileiro Sub-17, na Copa do Brasil Sub-17 e no Paulista Sub-13, além do tetra no Paulista Sub-15 ainda se sagrou campeão estadual nas categorias Sub-11, Sub-14 e Sub-20. É título que não acaba mais!
Pena que nem tudo são flores, já que a categoria feminina não teve uma temporada muito boa, a melhor campanha foi o vice-campeonato na Libertadores Feminina, diante do rival alvinegro. Elenco para ser vencedor tem, o que não tem é atenção por parte do clube, que negligencia a categoria na maior parte do tempo.
O ano das Palestrinas acabou com mudança no comando, saiu Belli (já não era sem tempo) para a chegada de Camila Orlando. A treinadora já comandou a equipe feminina sub-18 do Internacional, onde foi campeã estadual e brasileira, além de ter faturado o Campeonato Brasileiro Feminino A2 com o Red Bull Bragantino. Que seja uma nova história e que as renovações no feminino não parem por aí.
Voltando ao profissional, o Palmeiras focou nas Copas, buscou o penta da Copa do Brasil e o tetra da Libertadores, mas o elenco curto e atuações muito abaixo do esperado tiraram as chances de título. Na competição nacional, o Alviverde caiu nas quartas de final, perdendo as duas partidas para o rival tricolor. Já na competição sul-americana, chegou à semifinal pela quarta vez consecutiva, porém, foi eliminado nos pênaltis pelo Boca Juniors.
As eliminações doeram demais, e a torcida protestou contra a presidente Leila Pereira, que não repôs importantes saídas no elenco, além de manter o patrocínio sem qualquer reajuste, em um claro conflito de interesses. A mandatária alviverde ainda comprou briga com os torcedores ao dar entrevistas desnecessariamente polêmicas. Mas, apesar desses pesares, o Palmeiras ainda tinha um campeonato para brigar em 2023.
Sem as Copas, o jeito foi virar as atenções para o Campeonato Brasileiro, porém, o então líder Botafogo não dava sinais de que iria vacilar na briga pelo título. Mas vacilou. E o Palmeiras não desperdiçou a oportunidade. A equipa de Abel Ferreira assumiu a liderança na trigésima quarta rodada, disputando ponto a ponto, tendo por perto Flamengo, Grêmio, Atlético-MG e o próprio Botafogo.
As últimas rodadas foram jogadas como se fossem finais, e de fato eram. O Verdão precisava vencer, ou no mínimo empatar seus jogos para seguir de olho no caneco. “Never give up” foi o novo lema do comandante português e sua comissão, e foi com essa mentalidade que o elenco encarou cada partida, sem nunca desistir. A recompensa veio, defendemos o nosso e mais uma vez o maior campeão do Brasil levou o Campeonato Brasileiro, o bicampeonato. Ufa.
Claro que tivemos aquele momento em que achamos que não daria, que pensamos que ano seria a Supercopa e o Paulista, e tudo bem se fosse. Mas sabemos que o Palmeiras podia mais, Abel sempre tem um plano. E por falar nele, em 2023 completou 3 anos à frente do Verdão, com 9 títulos conquistados. Não é à toa que os rivais esperneiam pedindo que ele vá embora, para tristeza deles, não vai. O técnico fica por pelo menos mais uma temporada.
Não posso passar por 2023 sem exaltar o Endrick. O garoto é simplesmente diferenciado, foi ele quem chamou a responsabilidade na grande virada contra o líder do campeonato no Engenhão, fez gol, incendiou o time. Uma pena que para ele o ano passou voando, e que no próximo ano vestirá a camisa do Verdão poucas vezes. Que continue voando onde for, pois no Palmeiras o nome já está na história.
O saldo alviverde de 2023 é mais que positivo, tríplice coroa, figurações no topo outra vez, disputando todas as competições com possibilidades de ganhar. Obviamente não se ganharia todas, isso é até impossível, porém, o importante é estar sempre na briga e sempre sair com algum troféu, e isto o Palmeiras fez e tem feito nos últimos anos.
Agora, é esperar por 2024, que ele traga para a torcida que canta e vibra novas emoções, novas comemorações. Que Abel tenha à disposição o elenco que quiser, que a presidente entenda que o clube não é dela, as pessoas passam, o Palmeiras fica.
Que 2024 seja mais um ano campeoníssimo, que a torcida que canta e vibra tenha muitos motivos para comemorar.
Obrigada 2023, você foi ótimo.
“PALMEIRAS MINHA VIDA É VOCÊ!”
Por Vânia Souza
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