Galo perde para o Bahia e fecha ano instável no G4
Ufa, finalmente acabou a temporada 2023 para o Clube Atlético Mineiro. De uma quase luta contra o rebaixamento após 10 jogos sem vencer a um returno brilhante, quase perfeito, de superação e que no fim nos reservou o terceiro lugar na tabela, a 4 pontos do título.
Vimos um Galo instável, em grandes momentos pavorosos e motivo de grande ódio, mas por outro lado, vimos novamente o Galo forte e vingador, e a mística do “eu acredito” ecoando a cada estádio que o time estava presente, arrepiando cada alma alvinegra.
Mesmo com um primeiro turno conturbado, com mudanças de técnicos, ego de diretoria e a chegada de um aposentado com seus lampejos, o Galo terminou a temporada com 19 triunfos, 9 empates e 10 derrotas, além do artilheiro do campeonato vestir nossa camisa 10.
Apesar da superação e remontada do time, não dá para fechar o olho para as instabilidades desse elenco. Vencemos, algumas vezes até goleamos as equipes que terminaram na parte de cima da tabela e perdemos vergonhosamente para time rebaixado ou que brigou o campeonato inteiro para isso.
Óbvio que o título do adversário tem todo seu mérito, mas assim como em 2020, presenciamos um Atlético que perdeu o caneco por poucos pontos, por indisciplina, por entrar de salto alto achando que resolveria jogo quando quisesse, perdendo a maior parte dos pontos para as equipes da parte de baixo da tabela.
Mesmo com a perda do título, momentos de angústia e aflição, como foi mais uma vez, prazeroso viver pelo clube Atlético Mineiro, presenciar momentos maravilhosos na “bancada”, presenciar a estreia da nossa casa e com um belíssimo triunfo, nada como estar em casa!
Como foi gratificante presenciar Hulk e Paulinho comandando o ataque e como foi emocionante vivenciar o último dia do eterno capitão Réver com nossa camisa, em uma despedida merecidíssima e com uma vitória nos minutos finais, no antigo e saudoso “se não for sofrido não é Galo!”.
No diagnóstico final, no último feedback do ano, fica um saldo positivo por tudo que o time fez nessa temporada, mas não dá para negar a instabilidade desse elenco, a falta de postura em várias partidas. O último duelo na temporada foi o desenho do time esse ano, perdendo partidas de forma bizarra, apáticos dentro de campo e sem um poder de reação.
Tivemos um último jogo pavoroso, onde levamos um sacode de 4×1 para o Bahia, fora de casa, que sacramentou o quão instável foi essa temporada para o Galo, e o tanto que isso nos custou caro.
Custou título, custou eliminações precoces em mata-matas, nos custou uma derrota dentro da nossa casa no primeiro clássico na Arena, e quase nos custou uma classificação direta na libertadores.
Uma derrota dessa forma não apaga tudo o que time fez, mas na somatória de tudo que vivemos em 2023, esse vexame liga um alerta na equipe de coisas que precisam ser resolvidas, de pessoas que precisam de um novo clube para chamar de casa.
Esperamos que a diretoria tenha planejamento, que comecem cumprindo tudo aquilo que prometeu ainda lá em 2021, que reforcem esse time com peças de qualidade, e não com qualquer jogador barato e livre no mercado.
Que a próxima temporada nos traga os títulos que faltaram nessa e que a diretoria pare de afastar o time da torcida e coloquem preços acessíveis nos jogos na Arena.
E no final de tudo, valeu a pena, Galô!
Sentimento, amor sincero ao alvinegro!
Por: Thais Santos
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo