Renato Paiva segue no Tricolor e mantém Bahia sem jogo tático
O treinador do Bahia completou 9 meses no comando e o time segue muito aquém do esperado para a temporada, apesar das várias contratações de peso. Neste domingo(3) em Salvador, o Bahia apenas empatou em 1 a 1 contra o Vasco, jogando em casa.
Em suas entrevistas, o comandante do Bahia demonstra ter conhecimento teórico do futebol, contudo, dentro de campo o time segue se apresentando sem um esquema tático.
Bem verdade que o time “só de raiva” tem “jogado bonito”, mas isso não ganha jogo, tanto que tem virado rotina o Tricolor ir bem no primeiro tempo e no segundo cair de rendimento, isso porque os técnicos dos times adversários conseguem facilmente neutralizar a equipe baiana, que demora a reagir por falta de postura tática.
O elenco vem se desgastando, pois os atletas têm jogado apenas com seu talento, correndo em campo, porém, sem posicionamento tático por falta de comando e orientação. A contusão de Cauly na última rodada pode entrar nessa conta.
No jogo deste domingo, os times entraram na partida com o mesmo objetivo: somar mais três pontos na tabela e melhorar sua colocação. O Bahia, porteiro da zona da degola, em 16º, precisando vencer para se manter fora do Z4. Já o Vasco, que está na zona de rebaixamento, em 18⁰, com 17 pontos, precisando vencer para se distanciar da lanterna e tentar sair da zona de perigo.
O Bahia começou a partida tentando impor seu ritmo, mas não conseguia penetrar a defesa do adversário, que estava bem postada com seus homens em 3 linhas de marcação, para tentar roubar a bola e sair em contra-ataques rápidos. Apesar de não conseguir converter as chances em gols, o time da casa tentou jogar e até dominou as ações no primeiro tempo, porém, sem efetividade. Por outro lado, o Vasco, teve pouquíssimas chances de perigo, e as que teve, não soube aproveitar.
Pelo lado Tricolor, a bola rodava, rodava e não chegava na área do adversário com perigo, demonstrando que o elenco estava perdido. Foi então que ,no finalzinho da primeira etapa, finalmente conseguiu concluir um lance de perigo em gol. Em uma triangulação pelo lado esquerdo do campo, Rezende tocou para Camilo, que devolveu para o camisa 5 rolar para a grande área, para Ademir mandar para o fundo das redes, encerrando o primeiro tempo com o placar de 1 a 0 para o Bahia.
No segundo tempo, o torcedor baiano pensou que o time iria marcar mais gols e liquidar logo a fatura. Era só administrar a vantagem e manter o triunfo até o fim da partida, para assim se distanciar da zona do rebaixamento. Estava tudo a favor, pois o Santos, que poderia passar o Esquadrão, estava perdendo.
No entanto, o improvável aconteceu: o time da casa mais uma vez oscilou em campo, cedendo o empate para o Vasco, que voltou melhor na segunda etapa. A equipe de Paiva sofreu um revés técnico novamente. O adversário fez 5 mudanças, ajustando o esquema tático e conseguindo a igualdade no marcador. Já os donos da casa, seguiram sem organização, trocando “6 por meia dúzia” novamente. Foi aos 16 minutos que Gilberto derrubou Marlon na grande área e o juiz assinalou pênalti para o Vasco. Vegetti cobrou e converteu para o Almirante. Tudo igual, Bahia 1×1 Vasco.
O jogo seguiu com uma dinâmica menos intensa, sem muitas emoções e terminando mesmo empatado, ao som de muitas vaias da torcida do Bahia e aplausos da torcida do Vasco.
Vale pontuar que a mais recente contratação do Tricolor estreou hoje, o atacante Juba. Ele foi agredido em campo em um lance perigoso, no qual o jogador adversário, Jair, atingiu o atacante no rosto, sendo expulso no finalzinho da etapa complementar. Mesmo com um a mais nos minutos finais, o Tricolor não conseguiu marcar.
Com esse empate, o Bahia segue fora da zona do rebaixamento, se mantendo na 16ª colocação, chegando a 22 pontos, enquanto o Vasco, segue no Z4, em 18º com 17 pontos.
PRÓXIMO JOGO
Pelo Brasileirão, ambos os times voltam a campo pela 23ª rodada. Nesta quinta-feira, 14 de setembro, o Bahia enfrenta o Coritiba fora de casa, às 20h. O Vasco enfrentará o Fluminense, em casa, no sábado (16) , às 16h.
Por Suzane Pinheiro
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