PROCURA-SE VERGONHA NA CARA


O Coritiba de 2023 virou uma bagunça, onde não há SAF e nem milagre que salvem

Foto: Gabriel Thá

2023, ano de SAF consolidada, ano de maior investimento no futebol da história do Coritiba Football Club. O que era para ser uma temporada de esperanças, virou mais do mesmo: mais um ano brigando para não ser rebaixado no Brasileirão.

Eu não sei nem explicar o Coritiba. Contratações que eram consideradas promessas, até então, pífias (salvas exceções, como Jamerson e Sebástian, que chegou há pouco e ainda não merece críticas. Ainda). E as contratações a nível aeroporto? Slimani é um baita jogador e isso é incontestável, mas chega aos 45 do segundo tempo. Seria a salvação? Acho pouco provável.

Agora teremos no elenco Andreas Samaris, meia que jogou anos no Benfica. Sabe o que significa? Nada. Temos um ex Benfica no elenco que até agora só enganou. Não que esteja negando que a contratação é boa, longe disso, mas anunciar mais reforços de nível acima em uma situação desesperadora, parece ser mais uma “cortina de fumaça” do que um fio de esperança.

A verdade é que o torcedor alviverde já prevê o destino em 2023. Mais um rebaixamento se desenha, e nem o mais otimista dos coxas-doidos (e nesse meio eu me encaixo), espera que o milagre aconteça. Na temporada passada, mesmo em situação parecida, o time ao menos vencia em casa, coisa que nem isso acontece neste ano. No ano anterior, a equipe figurou poucas rodadas na ZR. Neste, sequer saiu dela desde o início da competição, e quando esboçou uma reação, onde dependia apenas de si mesmo para deixar a zona maldita, amarelou. De novo.

Domingo, 27 de agosto, mais uma derrota – a quinta seguida no campeonato. Zero pontos conquistados de 15 possíveis. No duelo contra o Fortaleza, vimos um time apático, que sequer brigava por algo. Dois dos principais jogadores da equipe falharam: Gabriel, que tomou um frango que nos fez relembrar de um ex-goleiro não muito do passado, e Robson, que nem a lei do ex – aquela que nunca falha, ou quase nunca – fez funcionar, ao mandar uma cobrança de pênalti no travessão e ter seu nome ovacionado pela torcida de seu ex-clube. Vergonhoso. Inaceitável.

Não sabemos de quem é a culpa. Diretoria? SAF? Atletas? Técnico (que teve peito e assumiu o time em situação devastadora, palmas pela coragem) … a verdade é que alguém precisa ter vergonha na cara e, ou pedir pra sair, ou começar a entender o real peso desta camisa.

O Coritiba Football Club NÃO é brincadeira. O Coritiba SAF? Não sei dizer…

FAZENDO AS CONTAS

Agora, resta ao torcedor, que mais uma vez vem sendo feito de trouxa, pegar a calculadora e tentar se apegar a uma esperança que a matemática ainda proporciona. Serão mais dezessete torturas, digo, finais, para tentar uma reação. O time precisa vencer no mínimo 9 partidas – até o momento, foram apenas 3 triunfos.

É possível? Sim. O time faz a gente acreditar? Não. Ou muda a postura, ou mais uma queda nos aguarda.

QUEREMOS VERGONHA NA CARA!

Por Viviane Mendes, coxa-doida de coração.

Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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