Pelo terceiro ano consecutivo, o Palmeiras eliminou o Atlético Mineiro da Libertadores. Na noite desta quarta-feira (9), o Verdão empatou sem gols com o Galo, no Allianz Parque, e avançou às quartas do principal torneio sul-americano.
O empate garantiu a vaga para o Verdão já que na ida, a equipe venceu por 1×0, com gol de Raphael Veiga, no Mineirão.
Nas quartas, o Alviverde encara o Deportivo Pereira, da Colômbia. Dono da melhor campanha na primeira fase, o Verdão decide em casa novamente.
O Palmeiras foi melhor no primeiro tempo e dentro de sua casa soube incomodar o Atlético apesar da falta de efetividade nas finalizações.
Na primeira chegada dos mineiros, Hulk tentou de cabeça, mas mandou por cima do gol de Weverton, sem grandes problemas. A resposta do Palmeiras foi quase imediata, mas ninguém chegou para arrematar o cruzamento após boa jogada de Mayke.
Aos 16’, Artur teve a primeira chance clara de gol no jogo. Dudu cruzou na área e Gómez cabeceou. Everson fez boa defesa, mas deu o rebote. Artur ficou com a sobra e finalizou para fora, com perigo.
O Verdão soube ler bem o jogo e pressionou a equipe de Felipão. Aos 35’, Artur teve mais uma chance, após lançamento de Dudu, mas errou na conclusão e mandou nas mãos de Everson.
A pressão palmeirense seguiu até o apito para o intervalo. Gabriel Menino e Dudu tiveram chances.
O segundo tempo foi mais equilibrado, principalmente na parte final. O Galo voltou do intervalo querendo empatar o agregado. Hulk tentou de dentro da área, mas a bola foi por fora.
Do outro lado, Dudu, aos sete, saiu livre na área, mas errou o drible e perdeu a jogada. Três minutos depois, Rony tocou no meio para Raphael Veiga, mas o camisa 23 não chegou a tempo para desviar para o gol. Artur teve mais uma oportunidade e acabou desperdiçando novamente ao perder o equilíbrio antes de finalizar.
Uma polêmica ocorreu aos 25 minutos, quando o Atlético pediu pênalti em um lance que a bola resvalou no braço de Gabriel Menino. De frente para a jogada, o árbitro nada marcou e nem revisou o lance na cabine do VAR.
Em seguida, Gómez assustou Everson em um cabeceio, mas o goleiro defendeu. Minutos depois, Paulinho quase fez o coração da torcida palmeirense parar após driblar Weverton e deixar o gol desprotegido. O jogador, porém, mandou para fora.
Aos 33’, Piquerez cobrou falta e fez o travessão tremer, quase abrindo o placar. Até o final, a partida seguiu tensa, lá e cá. Após o apito final, o Palmeiras levou a melhor e avançou.
A certeza na próxima fase é a ausência do atacante Endrick. O jogador foi expulso do banco de reservas nos acréscimos após chutar a bola para dentro do campo.
Faltou respeito?
Após a partida, a presidente Leila Pereira publicou em seu story do Instagram uma mensagem para a torcida do Palmeiras. “Estão mais calmos?” era a pergunta presente na postagem ilustrada com uma foto sua.
Rapidamente, o post tomou grande repercussão nas redes sociais, principalmente entre a torcida do Verdão. A mensagem, provavelmente, faz alusão às críticas recebidas por torcedores pela falta de contratação na última janela de transferências.
Muitos torcedores criticaram a postura da mandatária, que está como presidente desde 2021. Depois de uma classificação um pouco tensa e emocionante, é essa postura que esperamos da presidente do clube? Essa que deveria respeitar e ouvir sua torcida em muitos momentos.
Talvez, Leila, a torcida não esteja mais calma, já que foi sim um jogo nervoso. Um empate em casa, independente do tamanho do adversário ou do jogo, não é tão bom como se pensa. E mais: não é preocupante em um jogo desse porte o treinador fazer sua primeira mexida apenas aos 39 minutos do segundo tempo, mesmo com muitos titulares visivelmente cansados?
Enfim, o Palmeiras ainda segue vivo na competição, mas os problemas de elenco curto não deixarão de ser pauta para a torcida nem mesmo nesses bons momentos. Como o próprio Abel Ferreira revelou, Zé Rafael, destaque do jogo, não jogou em suas melhores condições.
Por Victória Amorim
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.