SAÍMOS VIVOS DO MONUMENTAL, AINDA QUE COM A DERROTA 


Colorado faz um primeiro tempo de leitura perfeita, mas “esquece” de voltar a campo na segunda etapa a toma a virada

Foto: Ricardo Duarte/ SC Internacional 

Fora de casa, o Colorado entrou em campo pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. No sempre imponente Monumental de Nunez, o River Plate-ARG buscou a vitória após o Internacional sair na frente no placar e venceu por 2 a 1.

Leitura de jogo de um primeiro tempo em que o Colorado soube sobreviver aos primeiros 17 minutos de uma pressão absoluta dos donos da casa. O River encontrou no corredor esquerdo da defesa Alvirrubra um espaço para construir suas jogadas com assustadora tranquilidade. Nacho e De La Cruz foram constantes no ataque. 

Com o passar do tempo, o Inter foi se soltando e encontrando os seus próprios espaços de ataque. Aos 25′, o primeiro quase da equipe de Eduardo Coudet: a bola alçada na área encontrou a bicicleta de Enner Valencia.

O Colorado foi sobrevivendo as investidas argentinas, as trocas inteligentes de De La Cruz e Nacho deixando a defesa do Inter na correria, além das faltas insistentes dos hermanos, principalmente sobre o camisa 13. 

Já no apagar das luzes, aos 44 minutos, a perseguição ao equatoriano gerou uma falta na casquinha da grande área. Uma cobrança perfeita de Alan Patrick encontrou Valencia para desencantar, abrir o placar e marcar seu primeiro gol com a camisa Colorada.

Para o segundo tempo o time simplesmente não voltou, o Inter sucumbiu a intensidade do time que veio com tudo para buscar o resultado.

Do segundo inicial de bola rolando até o apito final, o time da casa foi incansável enquanto os visitantes pareciam não ter retornado do vestiário. Um time que ficou preso em sua zona de defesa e viu Sérgio Rochet salvar aos menos 4 bolas antes dos 15 minutos.

Enquanto, o Inter assistia ao jogo do River Plate-ARG, Pablo Solari, em sua primeira investida no jogo chutou cruzado para deixar tudo igual no Monumental.

Mesmo que tenha sabido ler e se desvencilhar se de um jogo duro de pressão na primeira etapa, Chacho fez exatamente o oposto na segunda etapa. Parecia desafiar a si mesmo na capacidade de destruir o que havia construído nos primeiros 45 minutos e  ainda que com incontáveis milagres do arqueiro Sérgio Rochet, Pablo Solari, outra vez, venceu o paredão uruguaio depois de se  livrar como quis da marcação e colocou o River na frente aos 33 minutos.

Foto: Reprodução @Conmebol

Com escolhas de peças muito questionáveis para um time que precisava marcar, Coudet viu o time ser derrotado nesta noite com carimbo de sua teimosia. Culpa da insistência em atletas que não vem rendendo como Carlos De Pena e atletas que pouco entregam física e taticamente como Gustavo Campanharo. A derrota passa pelas escolhas da beira do gramado e precisam ser corrigidas, seja no campeonato nacional, seja em busca do Tri da Libertadores. 

O Colorado volta vivo de Buenos Aires, mas com consciência do tipo de escolha que não pode mais acontecer.

Por Jéssica Salini

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo


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