Com os crias da base em campo e protesto da Fiel, Corinthians derrota o Liverpool, se despede da Libertadores e se classifica para a Sul-Americana
Quando saiu a lista dos relacionados para a partida contra o Liverpool, pela Libertadores, o Corinthians deixou muito claro que seguir para a Sul-Americana não era prioridade. Depois de uma participação vergonhosa na Liberta, a vitória no último duelo era o mínimo, mas os planos de Luxemburgo e companhia eram outros. Por isso, apenas reservas e os sub-20 foram relacionados. O que eles não contavam era com a atuação raçuda da base do Coringão e a gigante partida de Carlos Miguel. No fim, 3 a 0, em meio a insatisfação da torcida com medalhões e com a pífia diretoria do clube.
A vida do corinthiano não anda nada fácil. Além do futebol deprimente em 2023 e da ausência de reforços, a gestão do clube é bem duvidosa. O Corinthians rifa seus atletas, vende mais barato do que fruta no fim de feira. Assim, viramos uma verdadeira filial do Zenit, que sem nenhum esforço leva nossas principais promessas. Diante de tal cenário, a Fiel chegou ao seu limite e protestou. Foram 35 minutos de silêncio, além do uso de nariz de palhaço e das faixas de protesto.
Em campo, imperou a raça do Terrão. O gás e o respeito de meninos que sabem mais do Corinthians do que muitos medalhões ou do que Yuri Alberto, que nos custou os “olhos da cara”, mas que não tem correspondido à altura. A velocidade de Matheus Araújo, Wesley e Adson se traduziu em gols, que são foram mais, porque o goleiro Britos trabalhou bem.
Depois de muito insistir, finalmente saiu o primeiro. Em uma partidaça, Adson rolou para Wesley, que cortou bonito, uma, duas vezes e mandou cruzado na trave. No rebote, de primeira, Matheus Araújo inaugurou o placar. Nas melhores chances do Liverpool, Carlos Miguel foi seguro.
Na segunda etapa, o Corinthians seguiu avassalador. Giuliano até ampliou, mas o gol foi anulado por impedimento. Britos seguiu pegando até pensamento, mas o goleiro não contava com o dia iluminado de Adson. O camisa 28 cortou a marcação, bateu sem ângulo e a bola explodiu na trave. No rebote, Felipe Augusto, de joelho, guardou, 2 a 0.
O adversário tentou reagir. Napoli bateu escanteio, Pereira cabeceou e após revisão, o árbitro marcou pênalti por toque de mão de Giuliano. Bentancourt foi para a cobrança, mas parou em Carlos Miguel, que ainda defendeu o rebote e atropelou Fábio Santos.
Ainda deu tempo para o nome da partida guardar o seu. O Corinthians partiu em velocidade com Pedro, a bola sobrou na área e o camisa 28 estufou as redes. Gol para coroar a noite de Adson.
Vitória, Sul-Americana, e bronca da Fiel. Os moleques não tem nada com a zona do clube, mas a indignação é inevitável. O time não tem “corpo” para três competições, e sabemos que o foco é melhorar no Brasileirão, ainda assim, já passou da hora de haver transparência sobre os gastos e vendas do clube.
Por Mariana Alves
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