Pela Supercopa do Brasil Feminina, as Gurias Coloradas garantiram a classificação às semifinais com uma goleada sobre as Gurias Furacão
Em casa, a equipe das Gurias Coloradas veio a campo na tarde desta sábado (4), no Estádio Beira Rio, para abrir a temporada que será muito movimentada no ano de 2023.
A partida válida pela Supercopa do Brasil Feminina pôde deixar a torcida, que vem com grandes pulgas atrás da orelha desde o fim de 2022, respirando mais leve.
O placar elástico começou a ser construído após um susto no início da partida, no entanto, precisa se considerar pontos importantes, entre eles a disparidade técnica no confronto das equipes.
Mesmo reconstruindo um time de jogo, graças ao alto número de saídas e chegadas de atletas, o Inter ainda é a equipe que vem de um projeto consistente e que chegou com mérito a final da maior competição nacional da categoria na temporada passada, do outro lado as Gurias Furacão subiram da Série A2 para a Série A1 e vem apresentando um bom trabalho em evolução, mas ainda se fala de trajetos e trabalhos em momentos diferentes.
Em campo quem chegou primeiro ao gol foram as visitantes, com 3 min de jogo, após uma cobrança de escanteio a defesa Colorada bobeou e viu a camisa 9 paranaense sozinha na segunda trave empurrar a bola para o fundo da rede.
A resposta Alvirrubra veio com rapidez e com pés estreantes, dois minutos mais tarde pelo corredor direito Sandoval salvou a bola nos últimos centímetros do campo e pôs de volta ao meio da pequena área onde Roberta foi mais esperta que todo mundo e deixou tudo igual no placar.
Com o placar igual os times estiveram mais “acordados” e a bola mais disputada, mas não precisou de muito para as donas da casa colocarem em prática a superioridade e com certo sotaque uruguaio.
O time foi se encontrando em campo, se encaixando e mesmo sem um grande entrosamento e uma defesa afoita, se fez muito presente no ataque, apertando a saída de bola, colocando pressão e explorando as oportunidades deixadas pelo lado adversário.
Não demorou muito para a estrela uruguaia se sobressair na partida, Belén Aquino fez o que quis na partida e deve permanecer nos sonhos da athleticanas por muitas noites ainda.
Aos 25′, o primeiro gol da camisa 11 com a camisa Colorada, um debut de fala. Aquino recebeu a bola de Djeni, ajeitou a bola e chutou com GPS para o gol, a bola encobriu a goleira Renata e morreu no fundo das redes em um lance absolutamente lindo.
Na frente, as Gurias Coloradas puderam respirar e o jogo aconteceu com menos intensidade.
Beirando o fim da primeira etapa, aos 38′, Bruna Benites subiu mais que todo mundo depois da cobrança de escanteio de Fany Gauto e marcou o gol da capitã, ampliando a vantagem e deixando a equipe ir ao intervalo mais leve.
Na segunda etapa o Inter ainda chegou lá mais duas vezes, aos 2 minutos com Belén Aquino e aos 10 após a uruguaia pôr a defesa paranaense para dançar e ser parada com falta na área, a árbitra assinalou penalidade que foi convertida pela camisa 8.
Com a bola no pé o time buscou se encontrar, um 5 a 1 para a primeira partida da temporada assinala um grande resultado, mas não se podem ignorar os fatores e condições e QUE o entrosamento é um fator importante a ser buscado ainda.
O próximo desafio eleva o nível, o Corinthians venceu o Atlético Mineiro pelo placar de 1 a 0, em uma partida que não demonstrou também um grande futebol, mas que não reflete a força da equipe que jogará em casa.
Ficha técnica:
Internacional (5): Gabi Barbieri; Roberta (Tamara), Bruna Benites, Haas e Eskerdinha; Capelinha, Djeni, Pati Llanos (Analuyza) e Fany Gauto (Mileninha); Sandoval (Berchon) e Belén Aquino (Priscila). Técnico: Maurício Salgado.
Athletico-PR (1): Renata; Evellyn, Jajá, Nayara e Thais Prado; Paloma (Hilary), Nathalia (Duda Tosti), Rafinha (Giovanna) e Camila Pini; Veronica (Maiara) e Lilian (Joyce). Técnico: Brenno Basso.
Cartões amarelos: Bruna Benites, Analuyza e Djeni (I). Paloma e Rafinha (A).
Arbitragem: Marianna Batalha, auxiliada por Maíra Moreira e Estefani Estrela da Rosa. Quarto Árbitro: Jonathan Vivian.
Por Jéssica Salini
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.
