Na tarde desta quinta-feira (1), Espanha e Japão mostraram o porquê de uma Copa do Mundo ser tão especial
A tarde de Copa do Mundo desta quinta-feira (1), foi um verdadeiro trailer do que é a vida de um torcedor de futebol, que passeia dos céus ao inferno em poucos minutos.
Pelo grupo E, dois confrontos em um grupo aberto a todas as possibilidades. Os Samurais Azuis entraram em campo pensando somente no seu resultado, e vencer a poderosa Espanha que goleou massivamente a Costa Rica na primeira rodada era fundamental para chegar às oitavas de final.
Moriyasu sabia que parar o ataque espanhol não era uma missão simples. A equipe de Luiz Fernando é muito ofensiva e perigosa e assim foi, ao menos na primeira etapa.
A bola parecia se negar a encontrar pés japoneses e a posse espanhola se deu absoluta no primeiro tempo. Aos 11′, foi convertida em gol com uma cabeçada fulminante de Morata, que pôs a Espanha na frente e deixou os Samurais Azuis longe da classificação.
Até o intervalo, a Espanha deu um banho de bola no Japão, o legítimo “nem viu a cor da bola” que permaneceu sob domínio europeu e viu poucas escalas japonesas.
A Espanha, no entanto, aparentemente subestimou os asiáticos. A conversa do intervalo surtiu efeito no time japonês, que precisou de dois minutos da etapa complementar para deixar tudo igual.
Uma obra de arte em forma de gol de Ritsu Doan, que depois de uma bobeira da defesa adversária, chutou de fora da área sem oportunidade para o arqueiro defender.
Se o torcedor fazia cálculos com o empate e espiava o confronto entre Costa Rica e Alemanha, deve ter perdido o segundo gol que aconteceu dois minutos mais tarde. Em um lance polêmico, a bola beliscou o lado de fora do campo, mas na insistência samurai foi empurrada para o fundo da rede por Tanaka, que colocou o Japão à frente no placar e nas oitavas de final.
Dali em diante, o time de Hijame Moriyasu mostrou a imponência de sua defesa e o porquê de ser um dos grandes pontos de sua equipe.
Seja por subestimar o adversário ou se perder na partida, a Espanha não soube mais encontrar maneiras de furar a defesa asiática e foi perdendo sua agressividade.
O Japão, de zebra e mero coadjuvante do Grupo E, se tornou o primeiro colocado e foi responsável pela eliminação da gigante Alemanha, que deixou a Copa do Mundo já na primeira fase. Pela primeira vez na história, o Japão se classifica às oitavas de final em duas edições seguidas do campeonato mundial.
Por Jéssica Salini
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