… E NÃO É DE HOJE!
Nos últimos dias, o principal assunto na mídia esportiva é a ida de Vítor Pereira para o Flamengo. O treinador que há menos de duas semanas deixou o Corinthians com juras de amor e a justificativa de “vou cuidar da minha sogra”, misteriosamente parece ter encontrado a cura ou ter sido tomado pelo mau-caratismo.
Foram meses tentando a renovação, oferecendo hospedagem e qualidade de vida para a família de VP, mas parece que o Rio de Janeiro é mais seguro do que São Paulo. O técnico, a quem nunca tive apreço e em muito critiquei, empurrou com a barriga, mas no fim preferiu a saída. Então, lá foi Duílio, alegando estar adoentado, mas tomado de amizade pelo gajo, declarar: até breve amigo.
Ora pois. Eis que o amigo não juntou as tralhas, aliás, as malas de dinheiro que faturou no Corinthians, e ao invés de ir para Portugal, recebeu sua família no Brasil e foi curtir as férias na Bahia. No mesmo hotel, misteriosamente, está hospedado um dirigente flamenguista, que rapidamente acertou o negócio com Vítor Pereira. Chinelo? Rasteira? Traição?
O problema para o negócio, que claramente é vantajoso, afinal, a equipe carioca disputará o Mundial, era Dorival, que logo foi descartado. Sim, não sejamos hipócritas, disputar o Mundial é bem mais sedutor que jogar o Paulistão.
A verdade é que a atitude de VP escancara a falta de respeito que tem assolado o Corinthians nos últimos anos. Um clube de diretoria frouxa, aceita calado os desmandos de qualquer um e se torna, mais uma vez, chacota nacional.
Isso mesmo, dos criadores de “Valeu, Drogba”, “no Brasil eu só jogo no Corinthians”, estrelado por Paolo Guerrero, e do golpe do patrocínio milionário, onde até hoje a Taunsa está correndo, temos agora “a cura milagrosa da sogra”. Enquanto isso, a diretoria de covardes do Corinthians não se posiciona e ao presidente, resta o chororô em grupos de WhatsApp, onde alega que foi traído.
O Corinthians viveu a glória, mas logo, sem “renovação e transparência”, caiu no ostracismo, na mesmice. O dinheiro foi mal aplicado, acabou e nós limitados a um elenco remendado, repleto de peças que ninguém queria, como o ícone Bambu. Vimos atletas nos colocarem como última opção e outros, tratarem o clube como qualquer coisa, como fez William, aquele que veio passar férias remuneradas no Brasil; e Jô, que ao invés de manter a forma e focar em gols, estava mais preocupado com pagode e com quantos filhos fora do casamento poderia fazer.
A verdade é que falta brio e um posicionamento firme, como tínhamos na época do lendário Vicente Matheus e até mesmo de Dualib. Falta retomar a frase de Andrés, de que ninguém riria outra vez do Corinthians, para de fato, retornarmos ao nosso lugar de direito. No entanto, para que tudo isso ocorra, é necessário mudar pela gestão, porque quando o motorista é ruim, não há Ferrari que dê jeito.
Tais atitudes denigrem o Sport Club Corinthians Paulista e fazem o torcedor de palhaço. Não adianta pipocar nome de estrelas, se terminaremos com Everaldo e Junior Moraes. Não adianta anunciar Lázaro como treinador, se medalhões mandam no time.
De resto, segue a máxima: ninguém ama o Corinthians, como a Fiel Torcida. O único que sabe o peso dessa camisa e a ostenta e valoriza com amor e devoção é o Corinthiano.
O resto?
Ahhhh o resto passa!
Por Mariana Alves
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo