Brabas perdem para o Boca Juniors e são eliminadas da Libertadores Feminina
Neste sábado (21), o Corinthians sofreu dolorosa eliminação na Conmebol Libertadores Feminina. O Time do Povo foi superado pelo placar de 2 a 1, diante do velho rival Boca Juniors.
As Brabas se despedem da competição continental com duas vitórias (ambas na fase de grupos) e duas derrotas (sendo uma na estreia e a outra para o Boca).
Essa é a primeira vez na história da Libertadores que o Corinthians é eliminado nas quartas de finais, e o pior, foi eliminado fazendo uma campanha abaixo do esperado, e também, com um desempenho preocupante de algumas jogadoras.
O JOGO
A partida começou com as equipes se estudando e tentando impor seu estilo de jogo. A primeira chance clara da partida aconteceu aos 18 minutos, quando Tamires cobrou falta e obrigou a Oliveiros fazer uma boa defesa, evitando o primeiro gol das Brabas. As bolas paradas foram a maior arma do Corinthians neste jogo. Gabi Zanotti finalizou de cabeça em cobrança de falta de Diany, obrigando a goleira fazer outra boa defesa.
Porém, no minuto 23, o Corinthians esbarrou no seu próprio erro: a defesa. Em uma saída de bola errada, o time argentino recuperou a bola no meio campo e acionou Priori, que finalizou da entrada da área, mas com a defesa Corinthiana espaçada, Núnes pegou o rebote e marcou para sua equipe.
O técnico Arthur Elias propôs as alterações já no primeiro tempo. Entraram Jheniffer e Erika para as saídas de Andressa e Tarciane. Com as mudanças, a equipe começou a se encaixar no jogo, ter mais posse e então buscou o empate. Em uma bola parada, Jaqueline cruzou para Adriana, que cabeceou de testa para o fundo das redes. Após o gol das Brabas, o time argentino subiu as marcações, dificultando a saída de bola das corinthianas, porém não conseguiram levar ao perigo.
Na segunda etapa, o Corinthians controlando completamente o jogo, só precisava caprichar na finalização para fazer o segundo gol, porque aquilo: quem não faz toma. E tomou.
O decorrer do segundo tempo contou com muita troca de passes, defesas sólidas e ataques pouco inspirados. O Boca Juniors fez o “simples”, suportou a pressão do Timão e soube seu tempo certo para atacar. Aos 29 minutos, após jogada pela esquerda com Yamila e Gómez Ares, Palomar só precisou empurrar a bola para o fundo da rede. Jogo sem grandes emoções e nem clima pro lado Alvinegro. Fim de jogo 2 a 1 Boca Juniors.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo franca e sincera com vocês, o time do Corinthians feminino parece que não foi para a Libertadores. Partidas muito, mas muito abaixo do potencial desse time. Sabemos que o ano não tem sido fácil, várias jogadoras lesionadas, porém o futebol nada vistoso que apresentaram hoje foi de cortar o coração do torcedor. O Arthur tem culpa? Tem, e muita. Mas quem tava andando em campo não era ele.
No final do jogo parecia que tinham perdido uma partida qualquer… foi triste. Houve erros de arbitragem? Muitos, principalmente um pênalti não dado para nós, porém não podemos colocar a eliminação nisso. A eliminação veio pela própria displicência das meninas. Vários erros defensivos, passes errados, decisões tomadas em campo e também fora de campo entre outras coisas. Não existe time perfeito, apesar do Corinthians Feminino quase chegar na definição de perfeição, só pedimos que haja um reformulação em uma boa parte do elenco.
A defesa é o ponto mais fraco desse time, e vem sendo nítido há tempos, desde o Campeonato Brasileiro. Hoje a Luana errou tudo, exatamente tudo que tentou no jogo. Erika não tem ritmo de jogo, todos sabem disso. A realidade é que muitas não deveriam ter sido inscritas nesta Libertadores.
A sensação que dá é que o mundial sub-20 fez mal para a Tarciane. Ela voltou em um nível abaixo do que estava, muita falta de atenção dentro de campo.
Depois de todos os obstáculos desse ano que elas superaram, essa eliminação dói bastante… porém, seguimos juntas até o fim, meninas! Na próxima temporada chegaremos mais fortes.
Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim!
Por Thayná Carvalho
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.