QUEM TEM SUA FÉ QUE SE APEGUE AOS SEUS SANTOS


Foto: Reprodução/SVM

O ano de 2022 tinha tudo para ser o melhor dos 103 anos de história do Fortaleza. Começando bem o ano com o tetracampeonato estadual e o bicampeonato regional, o Leão se preparou para disputar pela primeira vez a Libertadores da América. Entre a empolgação da diretoria, dos torcedores e da imprensa cearense, vieram nomes, contratações eram feitas e o planejamento parecia bom para a temporada.

A derrota de ontem (3), por 2×1 diante do Coritiba, no Couto Pereira deixou o Fortaleza moralmente rebaixado para a segunda divisão. Nem o mais pessimista dos torcedores esperava isso ainda no início mês de julho. Mas o campeonato só acaba com 38 rodadas e quem vai jogar a toalha? Bem, quem se dispõe à tortura psicológica de assistir ao time de Vojvoda jogando o campeonato nacional não vê diferença entre a atuação do time e a de Didi e os Trapalhões.

Refletores que não acendiam, jogo atrasado, gol sofrido no último minuto e, como de praxe, um suposto time misto. Muito difícil enfrentar esse inferno astral. Os nomes no papel e as atuações em outras competições não justificam em nada as atuações do Leão cearense na Série A.

Laterna do campeonato, o Tricolor do Pici somou apenas 10 pontos de 45 disputados, sendo necessário agora ganhar mais 35 faltando a metade de um turno. Não é ser pessimista, mas qualquer um que vai ao estádio ou liga sua televisão não percebe um mínimo ensaio de reação.

Por outro lado, a diretoria priorizou competições que não são prioridades no calendário do Leão. O Fortaleza vai à Argentina enfrentar o Estudiantes por uma vaga nas quartas de final da Libertadores. Que caos no universo explica uma situação hipotética de classificação onde seríamos um dos 8 melhores do continente, mas o pior do país? Já deu. Foi bom jogar o certame. Mas em momento algum o Brasileirão poderia ser deixado de lado. Agora, a situação se complica cada vez mais. Ainda na 15ª rodada, a matemática já aponta mais de 74% de chances de rebaixamento.

Aos que gostam de números e se atém à fé, o melhor a fazer é passar a conta do rosário e acender uma vela. Aos que preferem cuidar da saúde mental e largar de mão, não os julgo.

Por Sara Cordeiro

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.


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