No Choque-Rei, Palmeiras sai atrás no primeiro tempo e vira na etapa final
O Palmeiras segue fazendo história sob o comando de Abel Ferreira. A cada apito, cada jogada, cada gol e cada ponto faz mais sentido o lema trazido pelo técnico português “Todos somos um”. Na noite desta segunda-feira (20), sob o comando de João Martins, o Verdão conseguiu uma virada histórica por 2 a 1 diante do São Paulo em pleno Morumbi, pela 13ª rodada do Brasileirão.
O resultado mantém o Alviverde na liderança do campeonato, com 28 pontos. Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Avaí, na Ressacada, às 16h deste domingo (26). Antes, porém, na quinta-feira (23), volta ao Morumbi para mais um Choque-Rei, desta vez, válido pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
A equipe palmeirense saiu atrás do placar ainda aos 18 minutos do primeiro tempo, com um gol de Patrick. Um gol, inclusive, pra lá de duvidoso. No entanto, a revisão do VAR não viu o desvio com o braço e Daronco validou o tento para os mandantes.
O gol não abalou o Verdão. Pelo contrário, a equipe “acordou” com a vantagem do adversário e aos poucos foi aparecendo melhor no jogo. As melhores oportunidades do lado visitante aconteceram com Gabriel Veron e Gustavo Scarpa. O primeiro tentou de cabeça, obrigando Jandrei a defender, e Scarpa arriscou de longe.
Mais um lance polêmico presente no jogo foi a possível penalidade em Rony. O camisa 10 foi derrubado pelo goleiro tricolor em disputa de bola, na qual apenas o alviverde deu o toque, mas o árbitro nada assinalou. Segue o jogo porque o melhor ainda estava por vir.
Sufocando o São Paulo, que há uns minutos já tinha abdicado de atacar, o Palmeiras deixou tudo igual aos 45 do segundo tempo. O garçom Gustavo Scarpa cruzou na área e Gustavo Gómez cabeceou no contrapé de Jandrei para balançar as redes. E não, a igualdade não estava suficiente para um time que almeja cada vez mais.
A pressão palmeirense continuou surtindo efeito e Scarpa aproveitou a cobrança de escanteio para mandar na área, encontrando mais um zagueiro-artilheiro, Murilo, que dominou e chutou para virar para o Verdão. O jogo, no geral, de fato, não contou com tantos destaques individuais nem brilhantismo coletivo. No entanto, os jogadores mostraram que entendem o que é ser Palmeiras e se entregaram até o apito final para sair do Morumbi com os três pontos e manter a liderança da competição.
Os famosos dedos nas têmporas de Abel e o incentivo de “cabeça fria e coração quente” não são apenas características atribuídas ao treinador ou momentos que ficarão pintados nas paredes do clube. A repetição dos gestos e falas de fato refletem no time que tem sede de títulos e fome de vitórias a cada partida disputada. A filosofia de Abel é tão forte dentro de sua comissão que o time segue invicto sob o comando de João Martins.
Não à toa, em menos de cinco dias, o Palmeiras saiu atrás do placar, soube se recuperar, e em seguida conseguiu a virada, coincidentemente em um curto intervalo de tempo. Primeiro contra o Atlético-GO, no Allianz, e agora contra o São Paulo, no Morumbi, sem torcida para apoiar e na casa do adversário. Aparentemente, sair na frente não tem sido muito bom para os adversários do Verdão.
Arrisco dizer que esse é o Palmeiras mais unido, conectado, brigador e cascudo que já vimos. Vamos por muito mais. Avanti Palestra!
Por Victória Amorim
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.
