Pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Gaúcho, o Sport Club Internacional deu fim a maldição de não vencer na Arena OAS, mas o 1 a 0 não foi suficiente para avançar
No Humaitá, Grêmio e Internacional se enfrentaram na noite desta quarta-feira (23), pelo jogo de volta da semifinal do Gauchão 2022.
A partida já começou com uma grande vantagem para o Grêmio, o placar construído no Beira Rio era um alento para o Tricolor e um peso para o Colorado que precisava reverter o placar para avançar à final do estadual.
Medina que até aqui vive numa eterna corda bamba, bancou uma mudança na equipe, “inesperada” ou “corajosa”, com a titularidade bancada há muito tempo e por alguns treinadores, Victor Cuesta que vem há muito tempo deixando a desejar foi para a reserva, enquanto a defesa foi muito bem assumida por Kaíque Rocha e Bruno Mendez, quem diria que não seríamos vazados com o “El Patrón” no banco? Bom, eu disse muitas vezes.
Como sabido de antemão o time que precisava manter o resultado veio bem postado defensivamente, deixava o Colorado estar com a bola, mas num misto de boa defesa gremista e insuficiência Colorada, a infiltração não acontecia.
O Inter pecou nas decisões, mais precisamente há de se dizer que nas decisões de montagem de elenco, nos carece em muito bons atacantes, de inteligência e faro, além da força física, que é somente o que há no grandalhão Wesley Moraes.
Com o tempo correndo e a necessidade de buscar descontar um saldo grande, o time arriscou mais, mas perdia em si mesmo pela falta de qualidade no último terço do campo que deixava o grito de gol entalado e o “quase” no ar.
Foi numa falta de fora da área, já no segundo tempo, que o gol aconteceu, um golaço diga-se de passagem.
Um gol só, que não trouxe a classificação e não levou o Clube do Povo à final, mas que sela o fim de uma “maldição”. O Inter que “não vencia” na casa deles, terminou a noite com a vitória e com uma imagem que representa e fala muito sobre o Sport Club Internacional e o seu rival.
É no gol de Taison, é na comemoração com um gesto em silêncio que muita história segue sendo contada.
Além das quatro linhas, é necessário mensurar de forma crítica e preocupante que mais uma vez o esporte ficou em segundo plano para alguns. O “revide” injustificável do que aconteceu lá no Beira Rio nos dois últimos clássicos em que rojões, bombas e cadeiras foram lançadas pela torcida gremista, aconteceu na Arena OAS, agora o erro em vermelho e branco.
Há de se lamentar e novamente pedir que os clubes, as instituições e aqui é necessário nomeá-las, dentre os órgãos de segurança pública, os profissionais de imprensa e as torcidas de AMBOS os lados ajam de forma firme, dura e severa para que não estejamos prestes a lamentar que vidas se percam quando e onde se é lugar de amor e paixão.
Ao Colorado de Cacique Medina restam alguns dias de preparação para o Campeonato Brasileiro, onde a estreia é nada menos do que contra o multicampeão Atlético-MG, na casa do Galo, mas a preparação não pode e nem deve ser feita somente dentro das quatro linhas do CT Parque Gigante, há de preparar o clube num todo, com reforços e principalmente saídas.
Aos demais, que foquem no que lhe resta: a sua terceira participação na segunda divisão do futebol brasileiro.
Por Jéssica Salini
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